– Meu pai é foda mesmo. Eu peço isso ele me dá aquilo ou nem dá porque não entendeu.
– É… teu pai não é do jeito que você queria que fosse né?
– É, nem de perto.
– Mas imagino que você também não é exatamente do jeito que ele quer não é mesmo?
– Como assim?
– Vocês tem DIFERENÇAS. Você é de um jeito e ele queria que você fosse de outro. Assim como ele é de um jeito e você queria que ele fosse de outro.
– Hum, é verdade.
– Que tal então tentar amar o pai que você tem do jeito que ele e do jeito que dá para amar ao invés de ficarem, tanto você quanto ele brigando pelo que vocês não querem ser?
– Hum… facilita né?´
– É.
Na gestalt terapia eles tem um dizer assim: Eu sou eu e você é você, não vim à este mundo para viver de acordo com as suas expectativas e você não veio à este mundo para viver de acordo com as minhas.
Temos o pai que temos, do jeito que ele é e não do jeito que queremos que fosse.
Se relacionar com a realidade muitas vezes pode ser duro, mas é, com certeza, mais libertador e menos penoso.