• 4 de maio de 2012

    E pra mim, nada?

    – E o que eu não entendo é isso: porque antes eu conseguia faturar um monte e agora não consigo mais?

    – Me diga uma coisa: qual a diferença quando você pensa no seu trabalho entre antes e agora?

    – (pensativo) Hum… não sei se é isso, mas… antes eu sempre me cobrava para dar um resultado ao meu chefe, agora não tenho chefe.

    – Não tem ninguém para quem mostrar os resultados é?

    – Não.

    – Você sabe o valor de mostrar os resultados para você mesmo? Sabe se dar os parabéns sozinho?

    – Hum… acho que não… os resultados eu até sei… mas não sei se sei me dar os parabéns.

    – Daí que você está sempre se cobrando demais e não relaxa não é mesmo? Nunca sabe se “fez o certo”.

    – É.

    – Muito bem, está na hora de começar a desenvolver um “feedback” pessoal não está?

    – É… acho que como dono de empresa, agora eu tenho não é mesmo?

    – Olha, vai te ajudar um monte isso.

    – Legal, vamos lá!

    Muitas pessoas tem excelentes resultados enquanto estão trabalhando para terceiros. Quando resolvem montar o negócio próprio começam a escorregar e sentem-se perdidas sobre o que fazer.

    Indo além do mundo dos negócios podemos colocar isso para a própria vida. Muitas pessoas não sabem o que fazer se o pai ou a mãe desaprovam suas condutas, sentem-se “errados” em continuar com suas convicções apenas porque elas são diferentes das dos pais.

    Daí que a dificuldade não é exatamente em relação ao trabalho ou às escolhas da vida, mas sim em aceitar as suas próprias escolhas. Nathaniel Branden, um psicólogo que trabalha com o tema da auto-estima escreveu: “Você tem como meta pensar por si próprio? A independência é uma virtude da auto-estima.” Aceitar e desenvolver um raciocínio próprio é a base de uma auto-estima saudável, sem isso podemos até ter o sucesso, mas, geralmente, seguido de uma sensação de insuficiência ou até mesmo a sensação de falsidade.

    Inicialmente devemos aprender a definir o que achamos importante para nós e para que achamos isso importante. Depois criar os nossos próprios critérios sobre se o que fazemos está realmente nos dando o que queremos. Após isso aprender a ver nossos “sucessos” e “fracassos” como resultados que dão ou não sentido à nossa vida e nos trazem ou não felicidade. Sem julgar como “mau, bom ou errado” apenas como resultados e assim, mudar o que não está dando certo e manter o que está.

    Abraço

    visitem nosso site: www.akimpsicologo.com.br

    Comentários
    Compartilhe: