• 3 de agosto de 2012

    Carinho

    – Eu percebo que eu gosto de mim sabe?

    – Sei.

    – Mas aí chega um momento em que eu começo a me dizer coisas ruins sobre mim. E o pior: dou ouvido à essas coisas.

    – Aí complica né?

    – Sim.

    – Pois então: o que você acha que tem que começar a fazer para concretizar uma mudança de fato em ti?

    – Tenho que enfatizar mais que eu gosto de mim e que as pessoas gostam de mim e me permitir sentir assim.

    – Perfeito. Até o ponto em que você sinta que está com vontade de cuidar de você, assim como você me diz que cuida de outras coisas na sua vida.

    – Entendi. Vou fazer, acho que vai ser muito bom isso.

    – Já está sentindo é?

    – (risos) Sim, sim. Eu já senti isso antes sabe? Estou lembrando.

    Ser carinhoso com você mesmo. Talvez esse seja um dos aprendizados mais profundos em todos os processos terapêuticos.

    A profundidade vai além do jargão simplista de “cuidar de você é importante” é uma constatação profunda de algo que é – na nossa sociedade – muito difícil de aceitar: que no fundo, gostamos de nós, do jeito que somos, com todas as “imperfeições”, é bom ser quem sou.

    Ser carinhoso com nós mesmos começa quando essa frase, essa atitude começa a surgir dentro de nós. Então ser negligente com nós mesmos começa a ser estranho, começa a ficar esquisito. Não somos mais passivos em relação aos nossos sonhos, nossos desejos, começamos a querer que eles cresçam e se desenvolvam. Queremos nos ver bem na foto, na espelho e em qualquer lugar.

    Que tal se fazer um carinho hoje? E outro amanhã também? Que tal se acarinhar todos os dias, várias vezes por dia e pensar em si próprio sempre com carinho?

    Abraço

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