– Eu não tenho conseguido mudar isso sabe?
– Sim, até tenho um certo palpite sobre o porque…
– Diga!
– Me diga assim: você decide isso que você quer e aí?
– E aí? Ai, daí eu ia ficar aliviada né? Ia saber o que fazer.
– Eu acho que você já sabe o que fazer e acho que é exatamente isso que te preocupa.
– Como assim?
– Simples: você está pensando sobre qual dos dois você “deve” deixar… o problema, de fato, é: você consegue sustentar, neste momento perder qualquer um dos dois?
– Não… os dois me completam… um de um jeito e o outro de outro.
– Sim… daí que o maior problema, de fato, não é decidir por um ou outro porque você, caso descubra, vai continuar na mesma.
– Entendo…
Muitas vezes um determinado problema não é exatamente um problema. Ele já está super resolvido dentro de nós. Muitas vezes o “real” problema são as conseqüências deste problema.
Chamamos isto de “ecologia da mudança”. Para mudarmos precisamos dar uma pensada nas conseqüências que a mudança terá sobre todos os aspectos de nossa vida. Porque nem sempre todas as conseqüências são positivas e temos que aprender a lidar com elas antes de realizarmos a mudança que realmente queremos. Na vida cotidiana isso ocorre muito, de repente um amigo fala algo para você e de repente uma mudança ocorre, quando você se dá conta e reflete percebe que a mudança em si você já sabia fazer, mas o “toque” que o amigo deu o ajudou com uma outra parte que você não conhecia.
Um caso clássico é de uma cliente que era muito bela e estava obesa. Não conseguia emagrecer e, quando foi ao terapeuta, este lhe perguntou: e se você emagrece, como fica o seu casamento? Ela não sabia, achava que se emagrecesse iria voltar a ser assediada e, de fato, o casamento não andava bem, de modo que ela não sabia se conseguiria dizer “não” à quem lhe desse uma cantada.
E você, quais os impactos que a mudança que você tanto quer terá na sua vida?
Abraço
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