• 11 de janeiro de 2013

    Repetições

    – Akim, estou meio entediada com a terapia, não sei se está levando à algum lugar.

    – Hum, muito bem, me diga o que está causando esta sensação?

    – Ah, tudo o que falamos vira e mexe cai no mesmo ponto. É como se eu estivesse sempre repetindo o mesmo erro.

    – Pois é, você tem toda razão, é bem isso mesmo.

    – Então, tá vendo!

    – Estou, e você?

    – Como assim? Vendo o que?

    – Vendo o erro que você comete toda a vez? E que você ainda não mudou o comportamento, a atitude?

    – (Fica em silêncio me observando)

    – (Mantenho o silêncio)

    – Sim.

    – Perfeito, e me conte: o que te faz, ainda repetir a mesma resposta?

    – Chega na hora eu não consigo fazer diferente.

    – O que te impede?

    – Não sei… acho que eu travo sabe?

    – Sei sim… Você acha que ainda falta algo para você compreender o porque é importante esta mudança de atitude?

    – Não, não… eu já sei… de fato eu já sei… acho que preciso aprender a focar em algo diferente.

    – Perfeito, no que, por exemplo?

    – Em vir aqui da próxima vez te contar algo diferente

    – É um começo, que tal experimentar?

    – Tá…

     

    Repetir um comportamento é algo comum, todos fazemos isso. O único problema é quando o comportamento é inadequado ou nos faz sofrer. Quando repetimos um comportamento inadequado provocamos dor em nós mesmos.

    Em um processo de terapia é comum ter a sensação de que “tudo volta no mesmo ponto”, é um fato, organizamos nossas vidas com algumas orientações fundamentais e quando a terapia se inicia é atrás destes fundamentos que vamos para checar qual deles precisamos compreender melhor ou mudar. quando esta compreensão surge começa o processo de mudança de atitudes, sentimentos, pensamentos e de comportamentos. Enquanto estas mudanças não ocorrem a pessoa volta sempre ao mesmo ponto, porque? Para aprender.

    Buscamos – de forma inconsciente – a mesma situação várias e várias vezes com o intuito de aprendermos algo com ela, de superarmos aquele aprendizado e passarmos para o próximo, enquanto não fazemos isso, repetimos o mesmo cenário. Por isso diários são úteis em terapia: com o registro dos eventos fica mais fácil perceber as situações e comportamentos que repetimos – isso vale também para a escolha de parceiro afetivo. Escrever um diário e acompanhá-lo durante um tempo lendo-o semanalmente ajuda a pessoa a compreender as suas repetições e também o que deve fazer de diferente, ele fornece dicas e compreensão sobre os porquês e os como fazer para mudar.

    Fica a dica.

    Abraço

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