• 16 de abril de 2012

    O que não quero querer?

    – Então, quero que você me ajude a diminuir a bebida.

    – Entendi.

    – É sério, eu já não consigo mais lidar com isso. Meu pai e minha mãe não sentem segurança em mim por causa disso.

    – Sim, eu imagino.

    – Então… é isso. Não quero mais beber.

    – Ótimo… se você não bebesse mais, o que faria?

    – Como assim?

    – Hoje você tem o comportamento de beber não é? Se você não o tivesse o que teria que fazer? Por exemplo, nesse último caso que você me contou me parece que estava bem aborrecido com o seu trabalho e depois disso foi beber não é?

    – É.

    – Se você não fosse beber, o que teria feito?

    – Hum…

    Muitas vezes observamos apenas o que não queremos mais. No entanto este não é o caminho para a mudança.

    Quando pensamos em termos do que não queremos não estamos nos dando uma direção. É apenas quando dirigimos nossa mente em prol do que desejamos fazer que podemos começar a criar uma trilha mais adequada para nós.

    A pessoa do exemplo aprendeu a colocar limites, dizer o que sente, confrontar situações que ela não concordava, estabelecer objetivos e prioridades pessoais entre outras competências que a ajudariam a lidar com as situações em que ela antes resolvia bebendo para se sentir forte e anestesiada frente ao problema. Se ela “parasse” de beber não seria em nada proveitoso para ela.

    E você? O que você realmente deseja evoluir?

    Abraço

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