• 25 de maio de 2012

    O tempo e eu

    – Pois é Akim, estou desanimada com isto tudo que te contei.

    – Ótimo!

    – “Ótimo”, como assim? Te digo que perdi minha fé nas coisas, perdi a esperança que vai dar tudo certo e você me diz “ótimo”?

    – É bem isso. Durante toda sua vida você sempre teve essa fé de que “as coisas” dariam certo. Bem, o que “as coisas” fizeram por você?

    – Não muita coisa.

    – Exato. Quem sabe não é mesmo de perder fé e motivação em uma crença como essa? Olhe bem: você sempre esperou que tudo fosse ficar bem, mas nunca se colocou para fazer alguma coisa dar certo ou ficar bem. Daí que a crença perdeu força, ainda bem!

    – Isso tem a ver com quando eu falo que não me sinto no controle de minha vida?

    – Certamente. Você não se coloca mesmo nesse controle. Fica à parte esperando as coisas fazerem isso por você. Perder fé nisso é um bom negócio.

    – (risos) E no que tenho que colocar fé?

    – No que você acha?

    – Em mim?

    – Que tal lhe parece? Colocar fé que você pode resolver seus problemas sozinha, aprender, desenvolver-se e controlar a sua vida.

    – Parece interessante.

    – Continue com o desinteresse então!

    – (Risos) Entendi.

    “Sorte é uma questão de talento” (Martin Scorcese), “Nenhum vencedor acredita no acaso” (F. Nietszche).

    Muitas vezes queremos que tudo dê certo. Até aí ótimo. No entanto, enquanto “dar certo” depende de nós temos que agir também.

    Quanto mais o tempo de nossa vida passa, mais percebemos isso. Ou nos movemos em direção à algo ou isso nunca irá vir até nós.

    Possuir fé na nossa capacidade de aprender, de nos desenvolvermos é a base da auto-confiança. Ver nossos progressos passados, nos prepararmos para os futuros e irmos buscando nossa evolução.

    O tempo que passa não volta atrás. Embora isso possa criar angústia num primeiro momento, deve, na verdade servir de impulso para a motivação. É como se a vida fosse uma grande festa com hora para acabar. Ninguém sabe ao certo que horas vai terminar, mas vai. Assim tudo o que podemos fazer é aproveitar a festa do nosso jeito, com coisas que nos fazem bem. E, para isso, temos que correr atrás.

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