• 30 de maio de 2012

    Diz que me disse

    – Daí meu irmão falou que não vai me ajudar com a mãe, isso me dá uma raiva.

    – Hum… sei, dá mesmo. Mas me conte, você ouviu isso dele?

    – Na verdade não, foi a mulher que cuida da minha mãe que disse que ele disse.

    – Interessante, porque as poucas vezes que você me disse que você pediu diretamente para ele, ele sempre ajudou não é?

    – É.

    – Não seria o caso de você checar com ele antes de já ficar braba com ele e ficar usando a sua sessão aqui comigo “refletindo” sobre algo que alguém lhe disse que o outro disse?

    – Acho que sim né?

    – É, pode ligar para ele aqui mesmo se quiser.

    Muitas vezes precisamos checar as informações que recebemos antes de ficar brabos com as pessoas que supostamente “disseram aquilo”. Em terapia é importante o terapeuta ajudar o cliente a quebrar o ciclo da fofoca. Existem famílias que comunicam-se quase que exclusivamente por fofoca. É um tal de disse que me disse que torna qualquer comunicação real quase impossível.

    E o pior: a pessoa passa dias se consumido por causa de uma informação que nem sabe se é real. E começa a fazer conjecturas sobre o porque do porque do porque a pessoa que “disse”, disse aquilo de fato. Criam-se verdadeiros monstros dessa forma, tomem cuidado com isso!

    Abraço

    visite nosso site (tem uma matéria sobre fofoca lá): www.akimpsicologo.com.br

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