• 13 de junho de 2012

    Limites II

    – E daí, você foi falar com ela?

    – Fui sim. Fui fazer o que eu tinha que fazer: ela me ligou e começou com o mesmo papo.

    – E você?

    – Eu falei para ela: eu preciso te fazer uma pergunta, você vai ou não vai voltar ao trabalho? Daí ela ficou se enrolando e eu respondi: “eu não entendi”, preciso de uma resposta direta: sim ou não?

    – Muito bem, o que ela respondeu?

    – Eu precisei fazer isso mais umas duas eu três vezes até que ela, finalmente disse que não ia mais.

    – Muito bem, é isso aí. E como você está se sentindo?

    – Bem e mal (risos) bem porque agora eu sei que ela não vem mais e mal porque vou ter que arranjar outra pessoa para colocar no lugar dela agora.

    – Mas pelo menos você já sabe o que tem que fazer não é? E não está mais remoendo o remoído dentro da tua cabeça não é mesmo?

    – Isso sim e nem culpando mais ela pelo jeito dela de falar. Mas que é um saco lidar com gente assim é.

    – (Risos) Ah sim, com certeza. Agora o pior é deixar a pessoa fazer isso contigo não é mesmo?

    – É verdade.

    Continuando com o tema dos limites a próxima sessão com o cliente mostrou que ele reorganizou as suas prioridades.

    Quando ele colocou: “saber se essa pessoa vai ou não continuar trabalhando comigo” como uma pergunta que ele precisava responder acima de todas as coisas e não se permitir (limite) sair sem resposta, teve os comportamentos adequados para lidar com a pessoa e com a situação. Conseguindo a resposta se acalmou e ficou “tranquilo” em relação ao limite que havia dado.

    É importante perceber esse posicionamento dele. O limite inicial foi para ele, criado a partir das necessidades dele e, então, colocadas no comportamento que ele precisava ter em uma dada situação. Não tem nada a ver com o comportamento do outro, mas sim no como reagimos frente à esse comportamento para atingirmos algo que queremos.

    Abraço

    visite o nosso site: www.akimpsicologo.com.br

    Comentários
    Compartilhe: