– E daí, você foi falar com ela?
– Fui sim. Fui fazer o que eu tinha que fazer: ela me ligou e começou com o mesmo papo.
– E você?
– Eu falei para ela: eu preciso te fazer uma pergunta, você vai ou não vai voltar ao trabalho? Daí ela ficou se enrolando e eu respondi: “eu não entendi”, preciso de uma resposta direta: sim ou não?
– Muito bem, o que ela respondeu?
– Eu precisei fazer isso mais umas duas eu três vezes até que ela, finalmente disse que não ia mais.
– Muito bem, é isso aí. E como você está se sentindo?
– Bem e mal (risos) bem porque agora eu sei que ela não vem mais e mal porque vou ter que arranjar outra pessoa para colocar no lugar dela agora.
– Mas pelo menos você já sabe o que tem que fazer não é? E não está mais remoendo o remoído dentro da tua cabeça não é mesmo?
– Isso sim e nem culpando mais ela pelo jeito dela de falar. Mas que é um saco lidar com gente assim é.
– (Risos) Ah sim, com certeza. Agora o pior é deixar a pessoa fazer isso contigo não é mesmo?
– É verdade.
Continuando com o tema dos limites a próxima sessão com o cliente mostrou que ele reorganizou as suas prioridades.
Quando ele colocou: “saber se essa pessoa vai ou não continuar trabalhando comigo” como uma pergunta que ele precisava responder acima de todas as coisas e não se permitir (limite) sair sem resposta, teve os comportamentos adequados para lidar com a pessoa e com a situação. Conseguindo a resposta se acalmou e ficou “tranquilo” em relação ao limite que havia dado.
É importante perceber esse posicionamento dele. O limite inicial foi para ele, criado a partir das necessidades dele e, então, colocadas no comportamento que ele precisava ter em uma dada situação. Não tem nada a ver com o comportamento do outro, mas sim no como reagimos frente à esse comportamento para atingirmos algo que queremos.
Abraço
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