– E eu acabo não falando o que eu quero.
– Sim. Porque você não fala?
– Ah sei lá. Se eu falar eu acho que ele vai ficar brabo sabe?
– Sim. Mas, o que você precisa fazer para não mostrar a sua raiva?
– Nem sei, é bem… eu acabo sendo gentil sabe?
– Sim, exatamente. E o que esse “ser gentil” não mostra sobre você?
– Que eu fiquei magoado com o que ele falou.
– Perfeito, agora pense: como fica o relacionamento sem essa informação importante?
– É… fica complicado porque ele vai continuar fazendo aquilo.
– Exato e você sendo gentil. Sabe, eu entendo a sua intenção, no entanto, este comportamento não está te guiando para deixar a relação “melhor”. Pelo contrário está fazendo com que uma pessoa muito importante se manifeste.
– Eu né?
– Exatamente, você mesmo. Toda a sua gentileza “mascara” a sua indignação com relação à algumas formas dele te tratar.
– Não posso mais ficar me escondendo né?
– Poder você pode, mas o que você quer fazer de verdade?
– Preciso, Akim, me mostrar.
– Muito bom!
Não expressar o que gostamos e o que não gostamos dentro de uma relação gera, à longo prazo, um efeito complicado de lidar na prática. É quando passamos uma imagem de nós que não tem a ver com quem somos de fato.De um lado temos a pessoa que “mascara”. Esta sabe o que está acontecendo dentro dela, mas não mostra. De outro temos a pessoa que não sabe o que está ocorrendo dentro da outra e apenas consegue perceber o comportamento dela.
Quem mascara comete falta dupla: contra si ao não tomar conta do que é importante para si, contra o outro por deixá-lo na ilusão de que sabe com quem está se relacionando. A ilusão priva o companheiro de saber quem é você e, ao longo do tempo, você mesmo se priva de você pois ao não exercitar o seu desejo tudo dentro de si começa a ficar insosso, sem vida, sem empolgação.
Quem está “de fora” apenas percebe o comportamento e associa isso à personalidade da pessoa. Ao longo do tempo começa a achar estranho alguns “rompantes” que o outro tem “por nada”. Compreende, então, que existe “algo errado” ali, algo que ele não conhece, de fato. No entanto, estranho é conviver com um outro o qual não conhecemos e que deveríamos por termos nos escolhido mutuamente.
Quem mascara muitas vezes sente medo de fazê-lo. É o momento de se perguntar se os motivos que o levaram a aprender a se mascarar são ainda presentes ou se são apenas os “fantasmas do passado” assombrando o presente.
Quem está “de fora” muitas vezes ou não liga ou tem comportamentos que ajudam a pessoa a se fechar. Talvez seja a hora de aprender a ouvir e lidar com frustrações e críticas vindas do outro.
Dicas superficiais, porém se casam com você, porque não experimentar? Para quem as dicas não se ajustam, entre em contato comigo.
Abraço
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