• 29 de junho de 2012

    Confrontos

    – E aí Akim eu falei que não ia mais ficar só eu lavando a roupa de todo mundo.

    – Muito bem, é isso mesmo.

    – Afinal de contas, eu também trabalho, não trabalho nem um pouco menos do que ninguém lá. Porque só eu tenho que lavar a roupa e ainda levar bronca se eu não lavo?

    – Porque você acostumou todo mundo com esse jeito (risos).

    – (Risos) É, foi mesmo. Mas agora chega sabe? Assim, o pessoal não gosta de lavar roupa? Ok, mas não é por isso que eu tenho que fazer todo o serviço sempre, vamos dividir né?

    – É uma proposta legal.

    – Antes Akim eu ficava pensando assim: “ai, mas eu posso fazer isso”…

    – Claro que “pode”. Você “pode” fazer um monte de coisas, mas junto com essa questão tem outra: “devo”?

    – É. É essa que eu entendi que eu também tinha que responder sabe? Eu sempre quis dar uma de bonitinha para todo mundo, agradar todos sabe? E agora entendi que não adianta e que eu também tenho que cuidar de mim.

    – Com certeza. E esse pessoal que você falou eles são um pouco folgados, o que aumenta a necessidade de você se cuidar.

    – É, agora eu estou aprendendo a confrontar Akim.

    – Isso mesmo, a se proteger!

     

    Muitas vezes é necessário confrontar uma pessoa em uma relação seja ela de trabalho, pessoal ou familiar. No entanto confrontar não significa brigar com o outro para destruir ele ou fazê-lo mudar o seu ponto de vista, significa defender a sua integridade, fazer uma demanda e negociar.

    Muitas pessoas evitam os confrontos porque não querem magoar o outro, criar conflitos, não sabem lidar com a resposta do outro frente às suas demandas, não conseguem se posicionar de forma adequada. No entanto isso não retira a necessidade desse comportamento.

    Confrontar é um ato de amor. É importante dizer isso. Amar e se relacionar verdadeiramente dá trabalho, o confronto quando necessário é um deles. Este é o primeiro passo para um bom confronto: saber que se faz isso pelo afeto mútuo e individual, não para brigar e destruir o outro ou a relação, mas para deixá-la sempre viva, enquanto for possível.

    Confrontar também deve ser algo feito de maneira sóbria, ou seja, a pessoa deve saber quais são os seus critérios, o que ela realmente deseja e expressar bem isso, sem impôr, apenas comunicando e verificando com o outro a possibilidade da realização do seu pedido. Este critério deve ser claro para a pessoa, declarar que deseja algo e depois voltar atrás é um caminho rápido para perder auto-estima e deixar a relação mais confusa ainda: peça o que é realmente importante!

    Abraço

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