– Eu quero trabalhar uma coisa estranha que acontece comigo
– Diga lá
– Depois que eu saio daqui eu esqueço do que combinamos para eu fazer. Sabe quando você dá uma tarefa? Eu simplesmente esqueço dela.
– Hum, que percepção bacana hein? Já tinha visto isso.
– Pois então, e o que é isso?
– Então… me conte assim: você percebe que isso ocorre apenas com as lições da terapia?
– Hum… não, na verdade acontece com muita coisa na minha vida. Eu esqueço, fico com preguiça de algumas coisas que eu sei que preciso fazer sabe?
– Sei sim… agora… se você se lembrasse, o que iria mudar?
– Se eu lembrasse… hum… sei lá… acho que eu teria que fazer alguma coisa com aquilo né?
– É… é um bom começo.
– Hum, só que daí me dá uma preguiça…
– Dá -lhe procrastinação hein?
– (risos) É, pois é…
– Você abre mão com freqüência do que você quer não é?
– Sim.
– Então o “x” da questão está em você começar a aprender a cuidar de ti, das tuas necessidades e desejos assim como – provavelmente – cuida dos interesses dos outros…
– É… esse é o ponto mesmo…
– Vamos lá!
“Esquecimentos” podem ser, simplesmente decorrência de uma rotina apertada, ou uma mente estressada. Agora, quando os esquecimentos são sempre com as mesmas coisas e em qualquer contexto não são esquecimentos, são fugas.
Fugas do que? Pode ser de várias coisas, geralmente é uma fuga para não lidar com uma dada questão para a qual não temos muita competência ou para a qual temos medo. A questão é que manter o “esquecimento” simplesmente nos afasta de uma resposta e não resolve o problema.
Escrever e deixar uma anotação à mostra ajuda, colocar o despertador do celular para lembrar ou pedir à um amigo ou familiar que o ajude a se lembrar são algumas das formas de atenuar o problema. Ele somente será resolvido com a melhora da auto-confiança e compromisso com o seu bem-estar que o levarão à, mesmo não sabendo, mesmo tendo medo, enfrentar uma dada situação.
Abraço
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