– E me dá um ódio quando ele faz isso sabe?
– Ô sei sim. Você tem falado sobre essa raiva já faz uns 25 minutos nesta sessão… fora as outras.
– (Risos) É verdade… nossa.
– Ele é muito importante para você não é?
(Silêncio. O cliente fica me olhando parado e sem dizer nada)
(Akim diz) – Você o ama muito né?
– … é…
– E eu imagino que tudo isso que você fica com raiva é como se, de certa forma soasse para você como um “eu não te amo”, faz sentido isso para você?
– Faz.
– Que tal trabalharmos um pouco com isso então?
– Acho que é melhor né? Não dá para fugir…
– Não, não dá…
Quando algo não nos incomoda não nos incomoda. Não, isso não é redundância, muitas vezes as pessoas passam uma sessão inteira falando sobre um determinado tema e depois dizem: “ah, mas isso não me incomoda”. Imagine se incomodasse!
No entanto geralmente o que ela está falando em específico realmente não a incomoda, mas sim o que aquilo significa para ela. No exemplo acima, por exemplo, os vários conflitos do cliente com o pai significavam que o pai não o amava. O trabalho seguiu clarificando esta questão entre os comportamentos do pai e como o cliente via estes comportamentos, a interpretação que ele fazia e se estas interpretações necessariamente preci savam levar à conclusão da falta de amor. Algumas se perceberam como infantilidades, outras como coisas que magoavam o cliente e ele aprendeu, então a lidar com estas de uma forma diferente, pró-ativa e responsável.
É importante ficarmos atentos aos assuntos que falamos “e não tem importância para nós”, pois se não tem importância mesmo, geralmente não ficamos usando nosso tempo para discuti-los.
Abraço
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