• 5 de novembro de 2012

    Culpa ou motivação?

    – Então Akim, eu me sinto mal quando penso nessas coisas que passaram e que eu não fiz sabe?

    – Sei sim. Que sentimento você tem, especificamente?

    – Acho que é como se fosse uma culpa sabe?

    – Culpa? Hum… e me conte: culpado em relação à que?

    – A ter deixado essas coisas todas de lado sabendo que eu precisava fazê-las.

    – Entendi… bem, a culpa te ajuda a concretizar essas tarefas hoje?

    – Hum… na verdade não… me faz lembrar sempre delas, mas não realizá-las.

    – Perfeito, então que tal você me contar do que você já conseguiu fazer?

    – Bem… posso lembrar de várias coisas, mas…

    – Caalma… só um pouco. Lembre e deixe que a sensação de ter conseguido cumprir volte à você… a sensação de competência…

    – Tá… estou sentindo isso…

    – Perfeito… agora, sentindo isso, quero que você pense em um dos trabalhos que você quer executar

    – Ok…

    – Ótimo, qual a sensação ao pensar nisso agora?

    – Melhor… dá até vontade de fazer!

    – Show de bola, vamos fazer o mesmo com os outros agora

    – Ok.

     

    Na semana seguinte este cliente havia terminado o projeto que estava se sentindo culpado por não entregar e mais um que ele traçou como meta.

    A grande questão é que a culpa é uma sensação que – para a maior parte das pessoas com quem trabalhei até hoje – fazem com que não nos esqueçamos do que não fizemos, mas também não motiva para realizar porque o sentimento associado não é motivador. Algumas pessoas fazem o que fiz com meu cliente naturalmente: transformam a culpa em motivação, aí criam uma confusão mental: me sentir culpado me faz fazer as coisas. O erro é porque não é a culpa, especificamente, A A motivação tem uma uma relação estreita com nos sentirmos capazes e desejosos  de algo. É ter a sensação de que algo será muito importante, benéfico, prazeroso e que ainda não temos esse algo e que conseguiremos esse algo. Seja o que for: um objeto, uma viagem, uma sensação, uma experiência.

    Se não percebemos esse “objetivo”como algo desejável, que irá nos trazer um futuro melhor, não termos o desejo e o compromisso de correr atrás dele.

    Se sentimos como se já tivéssemos isso, a busca ficará estranha: porque buscar algo que já possuo?

    Se não nos sentirmos capazes de alcançar vamos desviar da rota: porque sonhar se sei que não vou conseguir?

    Estes três elementos: um futuro melhor e que ainda não tenho e que quero e que sinto-me capaz para conseguir são a base da motivação. É importante que, ao criarmos metas, possamos nos colocar neste estado emocional pois iremos visualizar o nosso desejo de uma forma muito diferente.

    Abraço

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