• 30 de novembro de 2012

    E eu?

    – Pois é Akim, mas assim eu estou cansada sabe? Faço tudo pelos outros e ninguém… ninguém me dá uma folga!

    – É, eu sei. Mas o problema é que tem que ser assim mesmo…

    – Mas como assim?! Não é isso que eu quero!

    – Ah, isso eu sei e concordo contigo, mas veja: qual o seu papel dentro da família?

    – (Reflete um tempo) Eu sou a cuidadora, que faz tudo por todos.

    – Pois é, não está incluso neste papel “que os outros te deem uma folga” justamente porque é o contrário disso que esse papel representa.

    – Ah meu Deus e o que eu faço então?

    – Quer uma folga?

    – Sim.

    – Se dê uma folga!

    – (Para e fica olhando para mim) Me dar uma folga… como?

    – Simples: diga para todos: “hoje é o meu dia ‘off” tem comida no fogão é só esquentar, vou no salão fazer meu cabelo, uma massagem nas costas, ver um filme, comprar umas roupas e depois eu volto pra casa ok?

    – Não sei se eu consigo fazer isso…

    – Eu sei, este foi um exemplo de comportamento, vamos trabalhar agora, com as bases para você fazer isso do seu jeito, o que acha?

    – É, eu preciso disso.

    Várias pessoas querem algo para suas vidas. Várias pessoas fazem o que precisam fazer para alcançar este algo – dinheiro, afeto, emprego, etc – e conseguem!

    Outras pessoas querem algo para suas vidas e fazem coisas que não levam para este fim – querem dinheiro e não trabalham, querem afeto e se afastam das pessoas – e não conseguem o que querem.

    O exemplo deste cliente pode ser usado para vários fins, mas achei interessante mostrar que quando queremos algo devemos checar se o que estamos fazendo realmente nos leva para este fim. É incrível a quantidade de pessoas que descobrem em terapia que o grande problema não eram os outros, nem os seus objetivos, ou nenhum grande trauma de infância, mas simplesmente que estavam fazendo as coisas erradas para conseguir o que queriam para suas vidas.

    Como se avalia isso?

    Simples: o que tenho feito está me aproximando do que eu quero? Se sim, continue; se não mude a estratégia.

    Embora pareça simples – e é – grande parte das pessoas não faz isso. Elas insistem no erro. Dizem coisas como: “o mundo é injusto”, “as pessoas não me entendem”, “ninguém me dá uma chance”, “tudo é difícil para mim” e continuam dia após dia mantendo o mesmo comportamento, as mesmas atitudes mentais, tendo as mesmas emoções e as mesmas experiências de vida.

    Fica a dica: não está se aproximando do que você quer? Mude suas atitudes – comportamentos, pensamentos, estratégias; invente, tente, faça sua vida diferente!

    Abraço

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