• 10 de dezembro de 2012

    Saindo da paralisia

    – E o que ela me disse acabou comigo…

    – Que coisa hein? E me conte assim, só para eu saber: quando foi isso?

    – Depois que saí daqui semana passada.

    – Hum… então quer me dizer que você está “deprê” já faz uma semana por causa de algo que alguém te disse?

    – (Olha para mim com cara de espanto) É né? Ouvindo você falar parece exagero né?

    – Ainda mais que ela não te disse assim, nada demais né? Foi um toque só.

    – É né?

    – Pois é… então me diga o que você fez com isso que essa pessoa te disse para você ficar “nesse estado”?

    – Hum… é aquilo de eu levar para o lado pessoal e ficar me desvalorizando em todas as áreas da minha vida?

    – Exato, muito bom. Pega um comentário e coloca em cheque, em dúvida todo o resto. Agora, vamos lá: como se resolve isso? Você já sabe!

    – É aquele exercício de lidar com críticas… eu nem perguntei direito para ela o que ela estava querendo dizer…

    – Legal, é isso mesmo!

    – Nossa… só de pensar nisso agora já parece que saiu um caminhão dos meus ombros…

    – Boa!

    Quando estamos paralisados geralmente alguma coisa nos aconteceu que nos deixou em um estado de muita proteção. Esta proteção, no entanto, pode não ser uma resposta adequada para a situação que a gerou e a pessoa acaba com dois problemas. No caso acima, ela só precisava checar se a crítica era adequada e como melhorar os pontos levantados – caso julgasse necessário.

    Quando a pessoa se esforça e identifica a situação agressora está melhor equipada para lidar com a situação porque vai poder ver o que realmente ela precisa fazer para lidar com aquela situação específica e então voltar  à sua atividade normal. Existem agressões que são mais fortes ou que vem em momentos mais sensíveis e acabam gerando um dano maior. É importante dar um tempo para que a defesa o proteja para, mais tarde voltar e ver “como sair dessa”.

    Se você está se sentindo paralisado pergunte-se: o que o está paralisando? Desde quando está se sentindo assim? O que aconteceu naquele dia? De que forma comportar-se desta maneira vai ajudar você? Estas perguntas podem ser um bom início para você sair da paralisia!

    Abraço

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