• 2 de janeiro de 2013

    Zona de conforto

    – Mas dai eu começo a pensar no que pode dar errado sabe?

    – Sei, é complicado mesmo não é?

    – É.

    – E o que você faz com estes pensamentos?

    – Eu fico pensando neles até que daqui a pouco eu tento parar de pensar nisso e me afasto, vou fazer outra coisa.

    – Sim, e acaba esquecendo dos seus propósitos também né?

    – É…

    – Pois é, agora me diga: é uma possibilidade real de darem algumas coisas erradas, você se prepara para isso, ou fica apenas pensando nas coisas que podem dar errado?

    – Como assim?

    – Ora, você cria “planos B” ou apenas fica pensando na catástrofe?

    – Acho que fico apenas na catástrofe…

    – Exato… agora, como seria se, ao invés de se paralisar frente à catástrofe, você organizasse comportamentos para enfrentá-la?

    – (pensativo) É, me parece mais adulto isso não é?

    – Sim. Esta vai ser a primeira parte, agora… quando você vai focar no que você realmente quer e fazer os planos para realizar isso logo?

    – É… bem, não sei sabe?

    – Claro que sei, veja uma parte dos seus “medos” são coisas adequadas situações que você realmente não sabe como lidar e é bom se planejar para lidar com isso. Outra parte é apenas uma resistência sua frente à mudança do seu comportamento.

    – É né?… eu sei…

    – Claro que sabe! E essa é a parte boa! Agora vamos lá: quero que você pense bem forte nos resultados que você vai ter quando obtiver o que quer e depois disso me diga: qual o primeiro passo para adquirir isso?

     

    Muito se fala sobre “sair da zona de conforto”, mas: como fazê-lo?

    Ocorre que muitas pessoas ficam na zona de conforto por dois motivos básico – existem outros – medo e comodismo.

    No caso do medo, este geralmente é uma defesa contra a mudança de hábitos e atitudes que a pessoa vai ter que desenvolver ao longo de sua nova jornada. A pessoa pode ter medo de não ter êxito, pode achar que os novos hábitos são inconvenientes – sendo uma questão das crenças e valores pessoais da pessoa, pode entender que está despreparada, pode ter tido experiências passadas negativas com o problema. A grande questão que se cria no medo é que as imagens de um futuro de insucesso são sempre mais fortes do que o que a pessoa realmente deseja.

    Como eu trabalhei com o cliente no exemplo acima é importante perceber quais medos são “adequados” ou seja: elementos que são muito importantes para a execução do projeto e que a pessoa realmente tem dificuldades ou não sabe mesmo como realizar. No entanto a resposta mais adequada para o medo não é ficar paralisado nele, mas sim aprender como superá-lo. Assim cabe ao terapeuta e ao cliente o trabalho de investigar como superar os medos que são adequados.

    Outro ponto que é importante é tornar mais impactante a imagem do que a pessoa tem a ganhar saindo da sua zona de conforto, ou seja, criar um foco nas metas e nos objetivos à serem atingidos ao final do processo. A grande diferença que se cria quando se pensa assim é que a seguinte: o que, antes, se tornava um medo que paralisava, quando temos o foco bem criado em nossos objetivos, se torna apenas um obstáculo a ser contornado com todo o cuidado para que nossos objetivos se realizem. No final a pessoa cuida melhor dela própria ao lidar com seus medos desta forma do que entrando em paralisia.

    Assim ficam estas duas dicas para você que tem ficado desconfortavelmente na sua zona de conforto: pense muito mais no que você tem à ganhar e reflita sobre como superar os “medos” tornando-os meros obstáculos entre você e o seu desejo maior.

    Abraço

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