– E depois disso eu conversei com ela, mas ficou aquela coisa chata.
– Entendi, e o que você quer com isso?
– O que eu quero é me livrar dessa coisa chata!
– Qual o nome dela?
– Sei lá é arrependimento eu acho
– Perfeito, porque você está sentindo este arrependimento?
– Por causa da situação que ficou!
– Então a situação que foi gerada não era algo que você queria, é isso?
– Não!
– Ótimo e essa situação foi gerada pelo seu comportamento não foi?
– Sim.
– Então problema é a situação ou o comportamento que a gerou?
– O comportamento
– Posso dar uma sugestão então?
– Pode sim
– Que tal, ao invés de se livrar do arrependimento, você usar ele como força motriz para você nunca mais ter o mesmo comportamento nessa situação?
– Hum, acho perfeito, eu nunca mais quero isso de qualquer forma…
– Ótimo, em seguida trabalharemos com o que fazer ao invés do que foi feito!
– Legal, estou me sentindo mais leve de pensar assim
“Estou me sentindo mais leve de pensar assim” esta sensação é muito comum quando a pessoa começa a raciocina o arrependimento de forma adequada.
Qual a forma adequada?
Para responder esta pergunta, vamos precisar entender que o arrependimento não é uma emoção ruim. Na verdade gosto de dizer que não existem emoções boas ou ruins, existem emoções e cada uma delas nos guia por um caminho específico de aprendizagem e experiência. O que eu concordo é que existem emoções que desgastam mais do que outras e por isso precisam ser tratadas com respeito, seriedade e eficiência. O arrependimento é uma delas. A pessoa pode arrepender-se a vida toda se não souber o que fazer com o arrependimento, tornado-o até mesmo uma melancolia e uma depressão.
O arrependimento é uma emoção que nos avisa que realizamos alguns comportamentos cujo resultado não era o que queríamos. Fizemos algo – segundo os nossos critérios – que não foi adequado. A partir deste entendimento é fácil lidar com o arrependimento.
Em primeiro lugar evidencie o que você fez que julga inadequado, em segundo lugar crie um comprometimento em não realizar mais aquele comportamento naquele contexto, talvez o comportamento em si não seja inadequado, apenas inadequado naquela situação. Em terceiro lugar crie um comportamento alternativo para usar no lugar daquele. Comportamento pode ser um ato, uma fala, um pensamento, um tipo de entendimento ou todas estas coisas juntas.
Passadas estas dicas, fica mais uma: antecipe! Quando antecipamos nossas ações refletindo sobre como agimos, o que sentimos conseguimos nos precaver de nos arrependermos de alguma atitude. É aí que mora a criatividade e inventividade humanas. Faça sua vida diferente hoje, invente, crie, divirta-se!
Abraço
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