• 8 de fevereiro de 2013

    Vampiros emocionais

    – Estou cansado de viver sempre a mesma história… de não me sentir amado.

    – Pois é, eu sei… está na hora mesmo de mudar o disco não é?

    – Sim… mas não sei como fazer.

    – Veja lá: você já compreendeu que está repetindo uma história sua e que também está repetindo a história dos seus pais nisso tudo não é?

    – Sim.

    – No entanto, existem alguns pontos nos quais você conseguiu mudar a sua história não existem? Momentos nos quais você fez algo diferente.

    – É, teve sim…

    – Pois é… e o que foi, exatamente que você fez nessas situações?

    – Sabe Akim… se eu for pensar bem eu acho que eu não deixei as pessoas tirarem a minha energia, eu me coloquei tal como eu preciso me colocar e elas acabaram vindo junto.

    – Entendi, está me dizendo que quando você se coloca você usa a sua energia à seu favor e quando não o faz “dá” para os outros usarem?

    – É… acho que é algo assim.

    O termo “vampiro emocional” ficou muito popular entre as pessoas e dentro da psicologia também. Vampiro é aquele que cria uma relação na qual um lado dá muito e o outro suga muito, podemos fazer a analogia com várias emoções e comportamentos: amor, compreensão, carinho, alegria, vitalidade e competências.

    A grande questão, no entanto, é que toda a pessoa que é sugada não é vítima por acaso. Ela possui uma série de comportamentos e atitudes mentais que a colocam como “alvo fácil” para serem manipuladas e “sugadas”. A grande questão quando trabalhamos com pessoas assim é aprendermos a fortalecer a vitalidade e o amor-próprio delas – porque ela percebem que estão sendo sugadas, mas continuam ali.

    Criar o hábito é muito mais fácil do que parece – pelo menos em conceito – requer que a pessoa se atente à todos os comportamentos, atitudes mentais e emoções que ela faz, sente e vive e perceba: quais dela me fazem bem? Após fazer X me sinto muito bem, sempre que começo o dia pensando de forma Y eu consigo me sentir melhor e lidar com mais facilidade com os problemas do cotidiano.

    Após fazer esta relação a pessoa deve começar a colocar na sua vida pessoal a seguinte pergunta: este comportamento que vou realizar agora – seja ele qual for – está me levando na direção de cuidar de mim e/ou me sentir bem e/ou resolver meus problemas e/ou me tranquilizar e/ou melhorar o meu relacionamento? Se a resposta for “sim” continue, se for “não” e for possível evitar, evite, não faça, realize outro comportamento qualquer.

    O que isso tem a ver com os vampiros? Quando a pessoa  que é uma “vítima” começa a sentir na pele que o seu comportamento faz a diferença em relação à como ela se sente, somado com a sensação inigualável de sentir-se bem consigo mesmo ela simplesmente não consegue mais ser uma vítima. A noção de ser “sugada” assume uma conotação dolorosa e repugnante dentro dela própria e ela passa a não mais permitir que seu belo pescocinho seja mordido.

    Abraço

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