• 5 de abril de 2013

    Confusão

    – Eu não sei mais o que fazer, isso me angustia muito!

    – Sim eu sei como é.

    – Eu fico confuso sabe? Devo falar ou não devo?

    – Claro, porque você está confuso?

    – Porque eu não sei ao certo como agir.

    – Exato! Agora, o que isso tem a ver com o seu processo de terapia?

    – Hum… não sei ao certo…

    – Pense… você veio aqui com o objetivo de mudar a sua forma de se relacionar não foi

    – Sim

    – Para mudar a sua forma, você começou a mudar o como pensa e age não é?

    – Tenho tentado…

    – Mas ainda não está bem firme em você o novo jeito

    – É fato…

    – Então: o que isso tem a ver com confusão?

    – Hum… eu não saber o que fazer de fato. Diferente de quando eu sei e vou atrás é isso?

    – Perfeito. Esses dias você me disse que estava certo de que tinha que falar para seu amigo que ele estava se folgando, foi lá e fez, mas nesta situação ainda não está claro, portanto, você está confuso!

    – Entendi.

    A confusão costuma ser temida, mas o que é confusão?

    Ficamos confusos quando duas ou mais orientações estão em conflito, “brigando pelo poder” em nós.

    Estar confuso é uma forma de dizermos que não sabemos ao certo que orientação seguir, por isso a confusão não é um  problema para ser resolvido, mas sim um estado afetivo e cognitivo.

    Estar confuso requer que a pessoa entre em contato com suas necessidades e prioridades não para “pesar”, mas sim para checar qual comportamento tem mais a ver com o que ela quer.

    Muitas pessoas tentam pesar os prós e contras e muitas vezes não tem resultado nenhum com isso, apenas ficam mais confusas. Pesar os prós e contras é algo que usamos quando já sabemos o que queremos e temos várias opções na nossa frente, todas elas vão levar ao mesmo lugar, por isso pesamos os prós e contras de cada uma. Confusão não tem a ver com isso, portanto, não se resolve da mesma forma.

    Para resolver a confusão é necessário buscar o que se quer alinhando as necessidades, desejos e prioridades para criar uma imagem clara e nítida do que se deseja. No caso de dar limites, por exemplo, criamos uma imagem clara sobre como queremos nossas relações, o que achamos necessário ter – respeito, amor, confiança – o que são nossas prioridades – afeto, companheirismo – e o nosso desejo – no caso a relação – e então checamos se o comportamento de “dar limite” combina com esse cenário. Uma vez que combine aí sim passamos a ver os “prós e contras”: como dizer, que tom de voz usar, quando falar, onde, que palavras usar – é melhor falar de uma forma mais enfática do que “mole”, usar um tom de voz respeitoso e firme do que um tom de voz baixo e rouco.

    Lembre-se: defina o que você deseja, quais suas prioridades, necessidades e então faça uma imagem clara do que quer, isso ajuda a combater a confusão.

    Abraço

    Visite nosso site: www.akimpsicologo.com.br

    Comentários
    Compartilhe: