– Mas eu não consigo imaginar eu fazendo isso Akim!
– Ok, sem problemas, me diga como você consegue se imaginar
– Eu consigo pensar em mim fazendo o que eu já faço: cedendo sempre, ficando nervoso depois!
– Perfeito… quero que você faça uma experiência comigo ok?
– Sim
– Imagine essa cena na qual você cede e fica nervoso depois.
– Ok.
– Agora quero que você imagine você conseguindo dar limites, por exemplo.
– Ok
– A imagem é a mesma?
– Não… quando penso em colocar limites fica tudo escuro… na verdade não me vem uma imagem clara…
– Ok, e quando imagina cedendo vem uma imagem clara?
– Sim
– Tente deixar a imagem do dar limites igual à outra
– Ok… Hum… nossa… parece que dar limites ficou mais fácil, me sinto mais à vontade com o que vou fazer, sabe como?
– Opa! Que ótimo!
Como você sabe que não consegue fazer algo?
Sempre representamos em nossa mente o que vamos e o que não vamos fazer. Todos nós temos um “modelo” de como somos dentro de nós, quando pensamos, lembramos ou planejamos criamos imagens em nossa mente. A qualidade destas imagens determina – muitas vezes – como nos sentimos em relação ao que estamos imaginando.
Quando nos dizemos “não consigo” fazer alguma coisa ou ter uma dada atitude estamos organizando algumas informações em nossa mente de forma que, ao pensarmos nelas, iremos acessar um estado de baixa-competência. É algo interessante no ser humano que, uma vez que ele é colocado dentro de um certo estado afetivo, algumas ideias que antes eram inconcebíveis despertam, alguns comportamentos “impossíveis” são realizados… esse “algo interessante” é o que chamamos de aprendizado.
Assim sendo, uma das formas de aprendermos “mais rápido” é imaginarmos algo que não conseguimos fazer da mesma forma pela qual imaginamos algo que conseguimos fazer. Isso literalmente força a nossa mente a buscar comportamentos, recursos e atitudes que nos levarão à conseguir exercer o que não conseguimos fazer.
Uma outra forma é buscarmos realizar algo que não conseguimos após realizarmos de forma bem-sucedida algo que conseguimos. Acessando um estado de competência pessoal, de vencer desafios a nossa mente fica mais atenta à alguns detalhes que não estão acessíveis no cotidiano. Como exemplo tenho um cliente que “aprendeu” a dançar de uma forma muito inusitada: ele sempre ficava ansioso até que um dia, após sair de um jogo de futebol no qual ele ganhou e jogou muito bem viu uma propaganda na qual duas pessoas dançavam e disse para si próprio olhando os pés dos dançarinos: “eles só estão andando prá lá e prá cá”. Quando foi dançar novamente lembrou-se disso e começou a “só andar” quando dançava e sua “performance” melhorou vertiginosamente.
E você? O que não consegue?
Abraço
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