• 28 de junho de 2013

    Realinhar

    – Mas e aí, o que eu faço?

    – Bom, primeiro precisamos começar modificando esta crença que você possui de que toda relacionamento tem que ter um que se ferra sempre.

    – Hum… entendi e o que eu tenho que fazer depois?

    – O que você acha? Pense!

    – Eu acho que se eu mudar essa crença tenho que me ver de uma forma diferente também!

    – Perfeito, se não foi  se ver como o coitado da história, vai começar a se ver como?

    – Hum… ainda não sei direito, mas sei que quando eu me ver desta forma nova vou começar a dar limites nas pessoas ao invés de ficar levando porrada à toa!

    – Eu acho que é uma ótima pedida não é mesmo?

    – Sim e no final acabo não só não fazendo isso, mas também não vou aonde eu quero ir e quando eu mudar vou ir!

    – Muito bom isso!

    Quando uma pessoa começa a fazer uma mudança é importante que ela seja estruturada. A diferença entre uma mudança com estrutura e uma sem é que a pessoa pode voltar a repetir comportamentos inadequados quando muda sem solidez.

    O que é mudar com solidez?

    A mudança tal como a entendo pode ocorrer em vários níveis. Algumas vezes a pessoa precisa de mudanças muito pontuais, outras precisa de uma mudança geral. Assim sendo trouxe este brevíssimo trecho de uma sessão no qual a pessoa começou a pensar em termos de uma mudança geral para ela.

    Os níveis de mudança que temos são identidade, crenças, recursos, comportamento e ambiente. Identidade é a nossa habilidade em nos identificar com uma imagem que criamos sobre os nossos vários papéis – pai, mãe, filho, profissional; crenças é o que sustenta as nossas ideias, são os ideais e valores com os quais vivemos; recursos é o como agimos no mundo; comportamento é o que fazemos no mundo e ambiente é onde estamos e lugares que frequentamos. Assim sendo o trecho da sessão que acabei de descrever mostra que uma mudança de crenças e de identidade realinhou todo o conjunto de níveis que aquele cliente tinha: ele passaria a se comportar de forma diferente e também ir à lugares diferentes quando começasse a crer e se perceber de forma diferente.

    Damos à isso o nome de realinhar. Existem muitos alinhamentos que funcionam, porém o resultado que eles trazem não é o que a pessoa quer, por isso a necessidade de realinhar, buscar uma nova forma de “ser” que atinja com mais precisão aquilo que a pessoa quer.

    Abraço

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