• 31 de julho de 2013

    Flexibilidade

    – Todo mundo reclama que eu sou muito rígido sabe?

    – E o que você acha?

    – Bem… não posso discordar sabe? Gosto das coisas do meu jeito!

    – Sim, já vimos isso aqui não é mesmo?

    – É…

    – Me conte do que estão reclamando agora?

    – Bem, eu estipulei uma metodologia para mantermos um projeto em andamento e as pessoas estão reclamando que o cronograma é rígido demais.

    – Perfeito, e eles já ofereceram sugestões de mudanças?

    – Sim, mas nem mesmo olhei para elas, o meu jeito funciona.

    – Claro que sim. Mas ele será o único que funciona?

    – Talvez sim, talvez não

    – Quem sabe você poderia pensar no objetivo do projeto ao invés da metodologia do projeto e ver se as sugestões também atendem às demandas?

    – É, poderia…

    Muito se fala em “ser flexível”, mas o que é isso e quando é realmente importante?

    A flexibilidade começa num ponto muito específico – e muitas vezes nada flexível – que é o objetivo. Quando temos uma meta precisamos de comportamentos e recursos para executá-la, se não tivermos estes recursos não vamos conseguir cumprir com o objetivo… OU… vamos flexibilizar o comportamento para criarmos uma forma diferente de alcançar o mesmo objetivo. Entendeu agora porque toda flexibilidade se inicia com o objetivo?

    Um comportamento por si só não é “rígido”, ele só se tornará rígido se, para alcançar o mesmo objetivo tivermos várias opções disponíveis e eu sempre escolher uma que não me satisfaz por completo, mas que escolho esta “porque tem que ser esta”. A pessoa flexível tem como premissa básica as suas metas e não os seus meios. Na verdade, ela entende que os meios existe para atingir os fins e que este é o que mais importa.

    Pessoas que tendem à rigidez não se comprometem com suas metas e desafios, mas sim com a imagem dos métodos, ou seja, para elas é mais importante demonstrar um papel do que alcançar uma meta. Alguns são tão rígidos que não estão atingindo o que querem mas continuam insistindo na forma porque “tem que ser assim”. A flexibilidade existe, então, para nos ajudar a ajustar os comportamentos e recursos disponíveis para alcançarmos uma meta que é do nosso interesse. O que nos leva a compreender também, que uma vez que não se tenha uma meta específica a flexibilidade não é necessária – ou até mesmo útil: uma pessoa “flexível demais” pode ser a tradução de uma pessoa sem opiniões próprias.

    Se você tem problemas em não ser flexível pergunte-se: para que estou fazendo o que faço do jeito que faço? Em outras palavras: o que quero atingir com isso? Qual o meu objetivo? E então pergunte-se: que outras formas posso usar para atingir o mesmo fim? Coloque em prática, experimente e veja se ela pode substituir ou ser adicionada à sua forma antiga.

    Abraço

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