– Não sei direito o que fazer.
– Não sabe?
– Não.
– Ok, … me conte sobre o que pensou
– Penso assim Akim: se a pessoa te dá prazos e nunca cumpre, algo está errado. Preciso de um fornecedor mais confiável, não posso atrasar sempre as minhas encomendas!
– Até aí, perfeito, conclua o pensamento
– Tenho que ter um novo fornecedor.
– Então você sabe o que fazer, não sabe?
– Mas é que eu trabalho a tanto tempo com ele… difícil sabe?
Muitas pessoas dizem terem problemas em tomar decisões, porém, enquanto investigamos o tal “problema”, percebemos que elas sabem refletir sobre o problema e sobre a sua solução, tomando uma boa decisão sobre o que fazer. Qual o problema então?
Existe uma diferença entre “não saber tomar decisões” e “não agir”. Durante muito tempo e pregou a ideia de que era importante termos “dentro de nós” as ideias bem claras, não o nego, porém, existe também a necessidade de agir no mundo a partir da ideia concebida. Esta ação é o que concretiza o finaliza uma parte do processo da tomada de decisão, sem o agir a decisão fica apenas como uma ideia solta no ar.
Para que a pessoa faça é importante que ela saiba como sustentar a sua ideia. Muitas pessoas tem aí o seu “problema”: não conseguem sustentar com firmeza ou tranquilidade aquilo que desejam. Fraquejam, questionam, postergam, invertem aquilo que decidiram. Psicologicamente falando a decisão quando não é tomada fica na pessoa como uma “tarefa à cumprir” o que aumenta o nível de ansiedade. Quanto mais “tarefas à cumprir” acumuladas dentro da pessoa pior fica a situação.
Sustentar nossas resoluções tem a ver com manter nossa mente firme nos propósitos que desejamos e na solução que encontramos para nós; buscando, com ela, os resultados que queremos. Quanto mais esses resultados estiverem claros e firmes melhor, o segundo passo é, de posse dessa clareza, agir de acordo com ela, ou seja: os comportamentos devem ser iguais ao propósito. Se o propósito é dar um limite ele precisa ser dado, se o propósito é relaxar é importante relaxar; embora pareça algo óbvio, muitas pessoas fazem o contrário e quando se determinam à dar um limite ficam pensando se ele será adequado ou se a melhor forma de dar um limite é essa ou aquela, isso retira o foco da ação necessária.
Lembre-se então: mantenha seu foco, aja, veja os resultados que conseguiu – sem se julgar – e, com isso, reveja – caso necessário – a forma de agir e, então, aja novamente.
Abraço
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