• 4 de novembro de 2014

    Por onde vou?

    th (1)

    • Akim… não estou muito certo do que fazer.

    • Eu imagino que sim… mas, assim, vá falando daquilo que tem aí dentro, do jeito que está.

    • Não sei… tem essas ideias de que algo me incomoda

    • Sim

    • Não estou vivendo a vida do jeito que eu quero…

    • Perfeito

    • Mas também não sei o jeito que quero.

    • Ok, consegue ficar com esta sensação aí dentro? De saber que não quer o atual e que ainda não sabe o que realmente quer?

    • É complicado.

    • Ok, procure não fugir disso, mantenha ela aí

    • É difícil sabe? Eu fico querendo achar uma resposta logo.

    • “Logo” não é a melhor escolha, “honesto” é uma opção melhor.

    • Hum… entendi…

     

     

    Nem sempre sabemos exatamente por onde começar a fazer nossas mudanças, no entanto, isso não pode impedir o processo evolutivo, mas como agir?

    Não saber por onde ir, não implica em não ter o desejo de mudança. Aprender a se conectar com o desejo e mantê-lo firme dentro de si é um passo importante para a mudança ocorrer à longo prazo. Tempo é um fator importante no sentido de quanto tempo você passa nutrindo o seu desejo de mudança e com que qualidade o faz. Explico: não saber o que se quer pode gerar certa angústia e ansiedade de maneira que a pessoa opta por se entreter e se distanciar destas sensações. Quanto mais ela se distancia, menos tempo passa com o desejo de mudar e, como o faz se afastando dele, menos o compreende, diminuindo a qualidade da relação.

    “Passar um tempo” com a mudança que não sei qual é significa simplesmente isso: usar tempo para ficar simplesmente ficar com a pergunta. É dedicar um tempo do seu dia para manter a pergunta, a inquietação com você sem se desviar  do assunto, é se debruçar sobre ela assim como nos debruçamos sobre um livro para ler ou de um filme para assistir. Aprender a conviver com a angústia e a ansiedade de não possuir uma resposta e manter a mente aberta, buscando a resposta, mas sem necessariamente se apegar à nenhuma resposta inicial apenas para “ser rápido”.

    Honestidade é um outro fator que conta muito. Ocorre que é comum as pessoas quererem dar logo uma resposta ao invés de se darem uma boa resposta. Nesse sentido muitas vezes dão respostas boas, mas que não tem nada a ver com aquilo que realmente “preenche o buraco”. Ser honesto significa buscar uma respostas que realmente faça sentido para a pessoa, que lhe traga a percepção de que, uma vez executada a resposta, ela lhe trará o preenchimento à respeito da sua mudança, que lhe trará o rumo desejado

    Como já falei anteriormente, aprender a lidar com as emoções de angústia e de ansiedade é fundamental. Todo processo criativo passa por este momento de ansiedade e angústia e criar uma resposta não é diferente. O mais comum é as pessoas se afastarem destas emoções ao invés de aprender a contê-las, aprender a relaxar nelas e com isso usar a energia que elas trazem para criar aquilo que precisam. Respirar e assumir a atitude de “sem pressa” são duas ferramentas importantes para lidar com estas emoções, quanto mais a pessoa consegue ficar no presente e relaxar, mais ela suporta estas duas emoções.

    Lembre-se de que mudar é um processo de criação de respostas novas. Não “descobrimos” respostas, criamos respostas. Por isso perguntar-se é uma atitude tão importante. Embora esta atitude gere angústia é ela quem determina a qualidade das respostas que vamos criar sendo, por isso, fundamental. Permitir-se se questionar, dar respostas buscando sempre aquela que da fato lhe preencha dando-lhe o tempo que necessita para amadurecer são instrumentos para criar o seu próprio  caminho.

    Abraço

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