• 26 de dezembro de 2014

    Ano novo (promessa antiga)

    promessas-banne

    • Akim… todo ano me prometo a mesma coisa…

    • E nunca faz né?

    • Sim…

    • Pra que você quer isso?

    • Ah… é uma coisa boa cuidar da saúde!

    • Entendi porque você não faz…

    • Porque?

    • Essa motivação já me deu preguiça de começar (risos)

    • O que eu tenho que dizer então?

    • Não é algo que você tenha que dizer, mas tem que ser algo que realmente te motive, faça sentido para você.

    • Mas saúde é importante.

    • Concordo, porém se não faz sentido para você, pode ser a coisa mais importante do mundo, você não a fará.

     

    Promessas de final de ano são um tema super comum. E hilário. Inicialmente porque “prometer” não é o termo mais adequado. “Resoluções” então, que tal? Pior ainda: você é um ser humano ou uma empresa? “Metas”? Hum, ótimo, já colocou a sua vida numa planilha para levar à reunião?

    Mas o que então Akim?

    Bem, obviamente, esta é a minha percepção sobre as promessas, resoluções ou metas de início de ano… Tem muitas pessoas que usam estes termos e se dão muito bem. O ponto fundamental, me parece é que seja algo que lhe faz sentido. Quando digo “fazer sentido” não se trata de algo aceito socialmente ou que tenha uma boa argumentação, mas sim de algo que faça o seu corpo se mexer, a sua mente se inquietar e torne a sua vontade indomável.

    A maior parte das vezes em que trabalho com pessoas que não conseguem alcançar suas metas este ponto é um dos fundamentais e, muitas vezes, ao resolvê-lo, resolve-se todo o restante. Ocorre que as pessoas não sabem criar motivações poderosas em suas mentes para mudarem suas rotinas e criarem novos hábitos de vida e sem isso não tem plano que saia do papel.

    Em  primeiro lugar é importante saber o que você vai ter de benefícios quando estiver realizando a sua meta. Para motivar-se à fazer algo é importante que você se perceba no futuro de uma maneira melhor do que no presente. No quesito saúde, por exemplo, eu me vejo no futuro, com meus 90 anos, tendo força para andar sozinho e me movimentar pela minha casa e pela cidade pela força do meu próprio corpo, imagino meus pulmões respirando com facilidade e sentindo uma boa energia dentro de mim para o meu dia a dia com disposição. Isso é muito mais interessante (para mim) do que dizer “saúde é importante”. Sim, ela é, mas como, especificamente para você?

    O segundo passo é compreender isso como um processo ao longo do tempo em que cada pequeno momento e escolha te distancia ou te aproxima do que você deseja. Assim, cada momento é vivido de maneira mais íntegra em relação ao que queremos. É diferente dizer que estou fazendo dieta para perder “x” quilos e dizer, “estou comprometido em ter um peso “x” até o fim da minha vida”. Isso não impede você de fazer nada, mas coloca cada escolha como perspectiva. Nos meus planos em relação à manutenção de peso, por exemplo, tenho previsto as idas aos rodízios de pizza e churrascaria sem problemas ou culpas, mas o dia antes e o dia depois também estão ali previstos.

    Em terceiro lugar é importante perceber se o seu objetivo e realizável e se este é o melhor momento para começar a executar seus planos. Muitas pessoas traçam metas que não são realizáveis, ou que o custo de realização é tão grande que ela não vale à pena. Outras vezes a meta é boa, porém o momento não é adequado. É importante saber que você vai usar energia para organizar a sua vida em torno de uma nova maneira de viver, isso dá trabalho, portanto, não se iluda: é importante ter disposição e energia para efetuar uma mudança, ela precisa ser levada à sério e não como algo no estilo “se der deu, se não der não deu”.

    Espero que estas três dicas façam você pensar sobre como se motiva e como cria seus planos. Se a motivação não vier saiba: seu objetivo ainda não está do jeito certo para você concretizá-lo.

    Abraço

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