- Mas Akim… ele não quer fazer comigo!
-
Eu já entendi isso, ele não precisa, você sabe disso também.
-
Mas o que eu faço?
-
Você está criando um problema para você… quer manipular a vontade dele.
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Tá… mas…
-
Feche seus olhos e pense no que o exercício vai trazer para você, sem incluir ele.
-
Ok.
-
Sinta os benefícios em seu corpo e sua mente… deixe isso se intensificar dentro de você.
-
Ok.
-
Enquanto sente isso tudo, me diga o que fazer com seu namorado se ele não quer ir com você?
-
Nada… Eu é quem tenho que ir…
Muitas vezes a vida nos pede flexibilidade. Outras vezes ela solicita permanência.
Saber manter-se num determinado objetivo ou meta é uma arte. Exige esforço, constância e saber manter-se motivado. Essas qualidades não são muito bem elaboradas em nossa cultura que preza pelo prazer imediato e pela satisfação.
Ao contrário do que se pensa a verdadeira determinação e esforço são uma atitude que não desgasta a pessoa, pelo contrário, a mantém vigorosa. No entanto, existe uma explicação simples para o porque de muitas pessoas sentirem que devem fazer um esforço, um martírio para manter-se em suas metas.
A explicação é que boa parte das pessoas reflete sobre o que está perdendo enquanto faz aquilo que deseja. Por exemplo, muitas pessoas quando iniciam uma dieta passam horas refletindo sobre as comidas que não vão mais se permitir comer. Isso é uma tortura mental e não ajuda, desgasta a pessoa e torna aquilo que ela deseja: emagrecer, um verdadeiro martírio.
Essa forma de pensar além de fazer com que você olhe a conquista pelo lado da perda também cria um conflito interno de difícil administração. A pergunta óbvia que nossa mente se faz é “porque o esforço?”. A pergunta é justa porque a mente pensa que está fazendo um esforço enorme para perder algo… não faz sentido faz? Assim o conflito que cresce dentro da pessoa tem a ver com o que ela deseja, a estrutura fica parecida com “eu quero essa coisa que me faz mal e me faz perder outras coisas boas”.
Permanecer dentro de um objetivo tem muito a ver com encontrar uma imagem que motive você sem esforço. Esforço, aqui deve ser entendido como uma fluidez de ideias na mente que o direcionam ao que você deseja. Em outras palavras: ao invés de criar uma imagem do que estou perdendo, imaginar o que vou ganhar. Quando penso naquilo que perco, a imagem faz com que eu me esforce porque tenho que olhar para o que “tenho que fazer”, para o que estou perdendo e então agir, isso não é fluidez, isso é colocar obstáculos na sua frente. Ao elaborar uma imagem daquilo que vou ganhar o obstáculo some, a auto punição desaparece e começo a agir.
Aqui existe o esforço no sentido de fazer, ou seja, usar a sua energia para agir e não o esforço mental de se controlar para fazer algo. O controle não é uma boa estratégia, mas sim a fluidez que o impele à agir. O faz desejar agir. Então surge a arte de saber elaborar uma imagem que o toque desta maneira assim como de saber defender esta imagem dos ataques que o dia a dia trará.
Voltando ao exemplo da dia o final de ano é uma “guerra”, ou seja, são vários os fatores com os quais a pessoa precisa lidar afim de manter o seu desejo. Quando eu comecei o meu processo, por exemplo, disse que nunca pararia de ir em pizzarias e nem à churrascarias para uma eventual comilança. A questão é apenas organizar isso dentro de uma rotina que me guia ao peso adequado, não há luta, mas sim integração e harmonia entre as facetas aparentemente opostas.
Como você cria a sua determinação? Pensa no que vai perder? No quanto é difícil fazer? Ou pensa no que vai ganhar? No que há de bom no horizonte?
Abraço
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