- Eu ando meio desmotivado
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Em relação à que?
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Aos meus estudos sabe?
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Hum, o que faz com que você se sinta assim?
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Eles não estão andando direito…
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E o que você faz que permite que eles sigam assim?
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É… eu não sei sabe? Parece que quando eu vi o dia já passou.
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Bem, precisa se organizar melhor não é?
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Sim…
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O que mais?
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Parece que eles estão meio distante de mim sabe?
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Claro que sei… veja, você sabe que quer isso, porém, quando não faz você se acostuma, de fato, a não estar próximo.
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Como se cada vez que eu não faço me distancio mais?
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Sim, exatamente! Colocando-se mais próximo e executando você via poder sentir motivação novamente. E se não, podemos tratar disso!
Motivar-se é uma ciência e uma arte. Já discuti em posts anteriores sobre a estrutura da motivação advinda dos trabalhos de Leslie Cameron-Bandler. Relembrando brevemente a motivação é uma emoção cuja estrutura pressupõe a visualização de um futuro que a pessoa perceba melhor do que o presente, altamente desejável e que a própria pessoa sinta que tem as competências, o desejo e a permissão interna para criar. Ao contrário do que se pensa a motivação não é uma emoção de alta intensidade, mas sim moderada (aqui percebemos a diferença de motivados e empolgados, diga-se de passagem).
Porém a motivação no dia a dia requer algo mais do que esta visualização. O hábito de estar motivado requer comportamentos como, por exemplo, lembrar-se diariamente daquilo que se deseja. Ora, muitas pessoas até sabem aquilo que desejam – o seu “motivador” – porém, não evocam este elemento, ou o fazem apenas nos dias de folga o que deixa o desejo muito ao léu e ele é facilmente esquecido desmotivando a pessoa que sente que tem que começar tudo do zero sempre que lembra-se de suas metas. Assim um dos pontos importantes é organizar um momento do seu dia para retomar aquilo que deseja. Isso é manter a motivação ativa, o desejo “queimando”.
Outro fator importante é programar o seu desejo como parte de sua rotina. Todos os dias a pessoa deve estar lidando com o que deseja afim de manter-se motivada. Aqui, pode-se pensar em “mínimos” e “máximos”, ou seja, alguns desejos são mais simples e rapidamente resolvidos. Outros são mais complexos e demoram mais tempo. Assim todos os dias a pessoa deve ter um contato “mínimo” com o seu desejo, ou seja, ter algum tipo de comportamento relativo à execução daquilo que deseja. Pode se estabelecer um “máximo” também afim de não se perder apenas na sua meta e deixar de lado outros fatores importantes da vida.
O que nos leva à mais um elemento fundamental para manter a motivação acesa que é saber organizar seus planos em várias etapas. Quanto maior é o plano, mais você precisará disso. Aprender a dividir a meta em pequenos pedaços e comemorar a realização de cada um deles por mais inócuo que ele pareça ajuda nosso cérebro a entender que estamos mais próximos daquilo que desejamos e isso melhora a sensação de motivação.
Programar-se para eventuais problemas no ritmo de seu trabalho também é algo importante. É ingenuidade achar que tudo aquilo que planjamos ocorre exatamente como pensamos. Às vezes isso até ocorre, noutras, principalmente em projetos de longo prazo é mais difícil de ocorrer. Assim é importante deixar espaços livres para eventuais problemas que possam surgir, programar-se sobre o que fazer no caso de um problema financeiro, antecipar alguma eventual viagem ou problema de saúde podem ser “planos b” necessários e quem já está preparado enfrenta com mais tranquilidade isso além de ficar ainda mais tranquilo no próprio trabalho.
Estas dicas são para você viver bem o seu desejo, espero que te ajudem a se motivar sempre!
Abraço
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