• 20 de maio de 2015

    Relação e evolução

    Fotografia Psicoterapia

    • Sabe o que está sendo melhor?

    • Não.

    • É que parece que nós dois queremos crescer sabe?

    • Sei.

    • A gente discute um monte e nem sempre concordamos, mas é com um desejo sincero de crescer e não de ficar de briguinha boba sabe?

    • Claro. O que está sendo mais interessante para você?

    • Eu tenho tentado abrir mão da minha possessividade… é difícil, mas tenho tentado

    • Como você tem feito?

    • Já disse para ele que sou assim, mas além disso tenho tentado domar o meu medo de perder ele.

    • Entendo

    • Inclusive é disse que quero falar hoje

    • Vamos lá!

     

    Todos temos nossos problemas, traumas, situações mal-resolvidas e temores. Levamos estas características conosco onde quer que vamos, inclusive – e talvez principalmente – para as nossas relações. Nelas podemos encontrar suporte para vencer nossas barreiras ou podemos achar, justamente aquilo que as reforça. Além disso podemos criar para nós mesmos mais barreiras ainda independente da relação ser benéfica ou não.

    É muito comum que as pessoas se deem conta durante um processo de terapia que estão usando determinada característica da relação que possuem como uma maneira de equilibrar-se. Não vejo, enquanto terapeuta, problema nisso, desde que este equilíbrio seja saudável para ambos. Porém, quando se percebe isso é muito difícil a pessoa desejar manter esta característica. Em geral, ela deseja mudar isso.

    Uma relação pode ajudar você a conhecer seus limites e a buscar superá-los. Porém, para isso, é necessário que exista uma busca pelo auto conhecimento no sentido de perceber que a maneira pela qual você se relaciona está alinhada com a sua identidade, seus medos, desejos e com a sua dinâmica psicológica. Embora possa parecer óbvio, isso, muitas vezes não passa pela nossa cabeça. Tendemos a fazer nossas escolhas no automática, ou melhor dizendo, inconscientemente.

    Por exemplo, é muito comum que as pessoas repitam padrões de comportamento em suas relações. O primeiro passo é perceber o padrão, o segundo passo e ligar ele com a sua dinâmica interior, ou seja, o que este comportamento está buscando? Qual a funcionalidade deste comportamento? É comum que as pessoas tenham medo de perder seu conjugue, por exemplo. Tem vários comportamentos no sentido de prevenir que isso ocorra como serem super cuidadosos. Deixar de ser assim, ou exigir mudanças de comportamento do outro pode ser causar muita ansiedade para alguém com esta dinâmica.

    O que nos leva ao terceiro passo que é ousar comportamentos diferentes e perceber os resultados na relação. É neste ponto que uma relação pode ajudar, ao proporcionar um ambiente seguro para que o outro se experimente de forma diferente. Por exemplo, o conjugue de posse do conhecimento de que o outro tem medo de ser abandonado pode permitir que a diminuição nos cuidados e a exigência de novos comportamentos sem a ameaça da separação ou melhor ainda, mostrando o quanto isso pode unir ainda mais o casal.

    Criar este ambiente no qual a sinceridade é reforçada e que a busca por aprimoramento tem um lugar especial é o que faz com que uma relação seja além de prazerosa evolutiva. Intimidade e sinceridade são elementos fundamentais para a relação, busca pelo auto desenvolvimento e honestidade consigo individualmente.

    E aí, céu ou inferno em casa? Decida!

    Abraço

    Visite nosso site: www.akimpsicologo.com.br

    Comentários
    Compartilhe: