• 5 de agosto de 2013

    Pessimismo

    – Eu fico com essa ansiedade que não passa  sabe?

    – Sim, sei bem como é.

    – E o pior é que mesmo quando eu consigo fazer algo bom não passa!

    – Entendo, porque você acha que não passa?

    – Eu não sei, acho que eu tenho que provar mais alguma coisa ainda!

    – Será?

    – Não sei, o que poderia ser?

    – Me diga uma coisa: quando você consegue pensa que conseguiu porque você é bom ou porque se esforçou muito para conseguir aquilo?

    – Porque me esforcei, claro.

    – E aquilo é algo que aconteceu ali, naquele momento e para os outros você não sabe se vai conseguir ou não, não é?

    – É algo assim sim.

    – Então quer dizer que quando você é bem sucedido acha que é só uma vez, e que ela não vai garantir nada para você e ainda quer se sentir seguro?

    – (risos) É meio complicado né?

    – Pois é!

    Ter um pensamento pessimista é algo que causa grandes problemas para a pessoa. No caso acima, por exemplo, a ansiedade constante e uma constante insatisfação com o eu são os sintomas, mas existem outros mais severos como auto-depreciação, depressão e problemas de saúde.

    O pensamento pessmisita possui uma estrutura a qual deve ser compreendida para que possa ser, aos poucos, modificada.

    O pensamento pessimista se caracteriza quando a pessoa julga eventos “negativos” como eventos que “sempre acontecem com ela”, de forma que sua atenção ao longo do tempo enxerga muito mais os eventos negativos do que os outros. Outra característica é que o pessimista pega um problema e o amplia para todos os campos da sua vida, é quando a pessoa tem um revés em uma área e diz, por exemplo: “eu sou uma porcaria”, pronto uma falha na empresa transforma a pessoa numa porcaria e toda a vida dela ira sofrer com isso. Além disso tudo o pessimista costuma se culpar por tudo o que ocorre de ruim, mesmo que seja algo que não fosse possível à ele controlar.

    Estas são as características do pensamento pessimista que, com o tempo e a intensidade – algumas pessoas fazem isso muito, outras um pouco menos – começam a destruir a auto-estima, atrapalhar os relacionamentos e até prejudicar a saúde. A saída?

    Antes de modificar o pessimismo é importante mostrar que não se deseja que as pessoas não sejam responsáveis por seus erros, mas que saibam como administrar isso e que consigam colocar o que realmente é da sua alçada sobre isso. O pensamento pessimista deve ser vigiado e a pessoa deve começar a modificar a forma pela qual ela encara o que lhe ocorre de negativo buscando sempre contra exemplos do que ela pensa sobre os problemas da vida.

    Por exemplo: quando a pessoa pensa que nunca mais vai conseguir algo de bom na vida porque falhou em um determinado teste é importante questionar isso perguntando: “você já falhou antes e conseguiu algo de bom?” Quando a pessoa disser que sim, podemos dizer: “então vai poder conseguir novamente, você é uma boa pessoa, só teve um revés”. Embora possa parece algo simples demais este tipo de intervenção feita sempre pela pessoa começa a reprogramar a sua atenção e direcionar o foco para os eventos mais positivos da vida.

    Abraço

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