• 16 de setembro de 2013

    Tal como pensa, age!

    – Pois é Akim, estas últimas semanas eu estou só mudando o meu jeito de pensar nas coisas.
    – Ótimo, como está fazendo?
    – Então, quando surge uma situação, como, por exemplo: preguiça. Antes eu ficava pensando na preguiça e em como seria bom descansar e ficar sem fazer nada.
    – E agora?
    – Agora faço assim: eu penso na preguiça, daí penso no que aconteceria se eu fizesse o que tenho que fazer e deixo a minha mente escolher.
    – E que tal tem sido?
    – Melhor, geralmente quando ela escolhe a preguiça é porque eu posso ficar sem fazer nada mesmo daí fico tranquilo com isso sabe?
    – Sim.
    – Mas fora isso ela escolhe fazer as coisas e eu fico bem depois, me sinto realizado quando faço.
    – Perfeito!
    – É e a minha cabeça está mais limpa, eu não fico pensando o tempo todo nas coisas, penso, decido, faço e colho os louros. Depois penso em outra coisa e assim por diante.
    – Não fica mais naquela enrolação e pensando e repensando e pensando de novo na mesma coisa?
    – Não!

    Nossa forma de pensar influencia as conclusões à que chegamos. Influência nossa forma de perceber o mundo e também as nossas ações. A ciência nos mostra que a língua que usamos afeta a nossa forma de representar o mundo e à nós mesmos, e não apenas a língua como também a forma que usamos esta linguagem.

    Desta maneira a comunicação que temos conosco sobre nossos problemas, desejos, medos e emoções em geral é fundamental para definir o que vamos fazer dentro da situação, como vamos compreendê-la. Conhecer a nossa comunicação interna é uma forma simples e muito potente de melhorarmos nossa auto-estima e nossa qualidade de vida e pode ser feita com um exercício muito simples.

    Pense sobre um problema que você tem, um objetivo que quer alcançar, um segredo que tem medo em revelar, em algo que você gosta muito ou que você gostaria de fazer. Escreva sobre isso numa folha de papel ou no seu computador. Depois releia e comece a se fazer as seguintes perguntas:

    “A sua forma de escrever te coloca num papel ativo ou passivo frente à situação?”
    Quando nos colocamos de forma ativa numa situação nos organizamos para buscar soluções, testar hipóteses e alcançar o que queremos. A forma passiva nos coloca num papel de esperar, de não buscar ou alcançar, se algo ocorrer não terá o nosso envolvimento ativo nisso. Isto é importante para saber como você se posiciona, algumas coisas podem ter um envolvimento passivo como: “tomara que meu time ganhe”, de fato não há como participar de uma forma mais ativa do que torcer; já algo como gostaria muito de um aumento de salário deve ter um envolvimento ativo, pois o aumento não virá “do nada”.

    “O que eu quero com isto que escrevi está perfeitamente claro para mim?”
    É importante saber o que desejamos com nossa vida, mesmo que isso seja algo como “não espero ou quero nada com isso”. Esta definição torna muito mais fácil a maneira pela qual você se relaciona com qualquer situação na qual se encontre. Se você descreve a situação, mas não o que deseja com ela terá dificuldades em lidar com ela, mesmo que seja uma situação simples. Então busque sempre se perguntar se o que você quer nesta situação está claro para você, se não estiver, crie um objetivo.

    “Minha forma de me comunicar comigo mesmo é do tipo: vomitar os problemas ou resolver os problemas?”
    Muitas pessoas conversam consigo mesmas de uma forma que só torna as coisas mais complicadas: ficam remoendo os problemas e criando sempre dúvidas em cima de dúvidas, a comunicação se torna prolixa e entediante e rapidamente a pessoa quer é esquecer do assunto. Outras pessoas organizam o seu discurso para ser mais claro e entendível para elas mesmas, ou seja, falam consigo próprias como se estivessem ensinando algo à alguém para conseguirem entender a sua situação e se organizarem para ação posteriormente.

    Estas três perguntas são as mais básicas que uso em consultório e é muito bacana o retorno que as pessoas dão sobre isso. Muitas vezes ao fazerem o exercício relatam algo como “nossa, eu nunca pensei que a minha comunicação era tão difícil de entender”. Existem várias outras que você pode se fazer, porém estas três dão um bom começo para você, aproveite!

    Abraço
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