– Akim quero te dizer uma coisa só hoje.
– Então diga
– Eu finalmente assumi o que eu quero para mim.
– Opa!
– Eu estive pensando neste final de semana e daí caiu uma ficha… óbvia, porém, caiu… de que eu sou o responsável pelo que eu quero e se não for eu quem vai fazer, ninguém vai!
– Coisa boa hein?!
– E nem me senti mal ou com medo por isso
– E deveria?
– É… acho que não né?
A terapia é um processo no qual a pessoa irá descobrir coisas sobre ela e poderá usar esta percepção para fazer algo com sua vida – ou não.
No entanto o processo terapêutico realmente começa no momento em que a pessoa assume a responsabilidade por este processo, antes disso a eficácia da terapia é muito pequena, porque isso é assim?
Eu costumo comparar a terapia com academia: você pode pagar a academia, mas se não for até lá e malhar de verdade não irá ganhar músculos ou resistência física. A terapia é um processo como esse, o terapeuta é como se fosse um “personal” que auxilia a pessoa com perguntas, técnicas e associações que ajudam-na a perceber a sua própria realidade, mas este trabalho é a pessoa quem faz e não o terapeuta. Ele auxilia, mas não é ele quem faz as amarras no cérebro da pessoa ou quem executa o comportamento para a pessoa, ele pode até mesmo fazer um role play ou estar com a pessoa na situação problemática, mas a ação é da pessoa.
A responsabilidade é a atitude emocional que faz a pessoa tomar suas ações nas mãos, faz ela ficar alerta e conectar-se com o real de modo a buscar soluções para os seus problemas. A apatia que seria o contrário coloca a pessoa no papel “efeito” de sua vida de modo que ela apenas reclama das circunstâncias que a cercam, das pessoas e das situações, porém não executa nada com isso.
A responsabilidade é, também, fundamental para o bom desenvolvimento da auto-estima. Ser responsável por si envolve perceber como andam as metas e os projetos que a pessoa deseja construir. A pessoa responsável é aquela que está atrás daquilo que deseja e busca por soluções nas suas ações, ela está comprometida com os resultados que atinge, mesmo que sejam negativos pois ela aprende com o que não dá certo ao invés de se paralisar. Desta forma quando a pessoa assume de fato a responsabilidade sua auto estima se eleva porque ela estará comprometida com ela mesma.
Por outro lado, a falta da responsabilidade leva à negligência e com isso a pessoa deixa passar oportunidades que estão na sua frente, age com preguiça frente às suas metas, contenta-se com “menos” e termina por sentir raiva de si mesma quando vê o que perdeu, o que a leva a desejar menos de si da próxima vez, mas como as atitudes não mudam, ela não consegue nem mesmo o “menos” e sente mais raiva ainda. Este ciclo acaba com a auto estima, auto confiança, confiança na possibilidade de mudança e com o ânimo da pessoa.
Assim é importante sempre lembrar que a terapia é um processo SEU. O terapeuta é uma pessoa que o acompanha neste processo, é importante que ele saiba o que está fazendo para ajudar você a se orientar, porém o trabalho é você quem deverá fazer afinal de contas são as suas questões não são?
Abraço
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