– E fico sempre nessa, receoso de que ela reclame do trabalho entende?
– Claro. Agora, me diga, porque você fica sempre receoso?
– Ah, porque não sei ao certo se está bom.
– E de que forma você poderia saber se está ou não?
– Hum… sei lá sabe? Tipo não sei ao certo, mas parece que tudo o que eu faço não é muito bom.
– Ah entendi o seu critério… perigoso ele não?
– Como assim? Qual critério?
– Pense no que você acabou de dizer e me diga qual o critério que você tem para saber se ago foi ou não bem feito.
– (Pensativo) Hum… eu?
– Isso. “tudo o que EU faço não é muito bom”. Portanto, como você o fez, não estará bom!
– Entendi.
– Que tal arranjar outros critérios para verificar se você fez ou não algo bom?
– É… acho que preciso né?
Só podemos dizer que fizemos algo bem feito ou mal feito de acordo com um conjunto de critérios para avaliar o que fizemos.
Sem critérios não podemos julgar ou avaliar alguma coisa eles são partes fundamentais da nossa vida e de nossas decisões. No entanto, podem existir muitos problemas com nossos critérios: podem ser rígidos demais, exagerados, inadequados para uma dada situação. E existe uma classe especifica de critérios que devemos tomar um certo cuidado: auto-imagem.
Quando usamos nossa auto-imagem como um critério devemos prestar muita atenção com relação à adequação. No caso acima, por exemplo, o cliente dizia que sabia que algo estava errado porque havia sido ele quem fez. Critério de algo bom ou ruim: “eu”; se “eu” fiz = ruim. Não é adequado, obviamente.
Nestes casos precisamos trabalhar com a questão da auto-estima, imagem e confiança; além de ajudar a pessoa a separar o seu “eu” das suas competências: uma coisa é quem eu sou, outra o que faço e quão bem faço.
Abraço
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