• 16 de novembro de 2012

    Proteger-se

    – Tenho medo quando as coisas esquentam por lá.

    – Medo do que?

    – Eu não sei, não me sinto seguro por lá quando tem brigas.

    – Mesmo quando a briga é entre eles?

    – E que eles brigam comigo também!

    – Como eles fazem isso?

    – Por exemplo: às vezes, se eu faço algo para mim e não faço para todo mundo ficam dizendo que eu sou egoísta, que não faço nada pelos outros sabe?

    – Entendi. E você faz coisas pelos outros?

    – Faço sim, mas parece que nunca é suficiente.

    – Ok, entendi. vamos começar por este pequeno exemplo que você trouxe, sei que tem mais, mas vamos começar por aqui, pode ser?

    – Tá.

    – Você vai começar dizendo, com uma voz bem calma: “eu faço isso, aquilo e aquile outro aqui em casa. Não vejo que eu não faço nada. Se quiserem algo de mim é só pedir”. Entendeu como é para fazer?

    – Sim.

    – Ok, então experimente e me conte as novidades depois.

     

    É importante saber nos defender. Proteger-se geralmente vem de comportamentos simples que “desarmam” os ataques. É como na arte marcial: não contra atacamos com o intuito de destruir o oponente (pense bem: realmente vale a pena destruir quem amamos? Mas às vezes temos que nos defender deles), mas sim de aniquilar o ataque que foi desferido contra nós. Esta é a percepção mais importante: invalidar o ataque, não a pessoa. É uma atitude de respeito e que nos ajuda a não criar culpas e arrependimentos desnecessários com nossos atos.

    No caso acima, por exemplo, quando se diz que alguém “nunca faz nada” geralmente é uma grande generalização. Aí a ideia foi atacar o ataque bem onde ele se forma: espere um pouco, eu realmente não faço nada, nunca, em nenhum momento? Claro que não. Talvez a pessoa não tenha feito algo em um momento específico e o outro tenha ficado brabo, por qualquer razão que seja.

    O importante, então, é perceber de onde vem a agressão pois é este comportamento que vamos ter que trabalhar. Nunca com a pessoa em si, não é isso com que devemos nos preocupar. Apenas com os atos que ela tem, é um “jogo” neste sentido, em que não existem perdedores ou ganhadores, apenas o jogo em si. Se não gostamos do jogo é importante sabermos nos guiar para um jogo mais interessante.

    Abraço

    Visite nosso site também: www.akimpsicologo.com.br

     

    Comentários
    Compartilhe: