– Pois é Akim, eu fico com este ciúmes besta e preciso me livrar disso sabe?
– Claro que sim, eu gostaria que você fizesse um pequeno exercício durante esta semana, pode ser?
– Claro que pode!
– Nós vamos fazer aqui inicialmente e depois você vai praticar isso em casa tá bem?
– Certo!
– Eu quero que você se lembre da última vez em que sentiu-se com ciúmes
– Ok
– Lembre agora da fantasia que você criou que te deu ciúmes.
– Certo eu fiquei imaginando que ela estava atrasada porque estava com um outro cara
– Ótimo, perfeito! Eu quero agora que você imagine esta cena em que ela está com um outro cara de modo que você está vendo o cara de costas certo?
– Tá!
– Agora eu quero que você, aos poucos, ande pela cena até poder ver o rosto do cara
– Ok, estou quase lá!
– Excelente, quando você finalmente consegue ver o rosto, você vê o seu próprio rosto!
– Ã?
– Isso mesmo! Você vai fazer isso em casa com as suas fantasias e depois vai fazer ao vivo e vai imaginar com profundidade o que “este cara” faz que seduz a sua mulher.
– Ã… tá bem…
(uma semana depois)
– E então, como foi?
– Estranho pra caramba… mas eu tive um final de semana ótimo…
– Que bom!
– Pois é… eu ficava imaginando o tal cara e quando eu colocava a minha cara lá e me via fazendo um monte de coisas aconteceu um negócio estranho… comecei a me comportar de uma forma diferente com a minha mulher!
– Excelente! Parabéns! E, pelo jeito, pra melhor não é?
– Cara… sim… estou muito menos inseguro, quando me sinto assim faço logo o exercício e aprendi que posso aprender com o meu ciúmes e que eu sou um cara mais legal que eu acho que sou.
– Que ciúmes bom hein?
– Ótimo! (Risos)
Atitude mental: o que imaginamos e como imaginamos.
Nossa mente não distingue real de imaginário, muitas pessoas após verem um filme de terror ficam com medo de que o monstro as pegue, que o fantasma vá lhes fazer mal, isso tudo porque a mente não faz diferença entre o que está na tela e o que é real. Sabemos conscientemente que existe uma diferença, no entanto uma vez que a informação entra na mente para ela aquilo é o real.
O caso do ciúme é um ótimo exemplo disso. Mesmo que o conjugue seja 100% fiel o que importa é o que o ciumento coloca em sua mente. O alvo do ciúme pode andar com uma câmera na cabeça o dia todo, isso não satisfaz o ciumento, pois ele colocou em sua mente uma imagem na qual ele está sendo traído e, portanto, acaba por viver aquela fantasia tal como se fosse real.
O mesmo ocorre quando uma pessoa está se preparando para uma prova, inciar um casamento ou uma competição ou para qualquer situação na qual a pessoa visualize o que vai ocorrer ou o que ela quer que ocorra – ou o que ela teme que ocorra. Quando tememos algo e imaginamos isso passamos pelo mesmo processo, mesmo que não seja real, vivemos o medo como real e começamos a orientar a nossa atenção, nossa percepção para qualquer detalhe que venha a validar a nossa fantasia e, então, passamos a nos comportar de acordo com o que estamos vivendo em nossas mentes e – agora – em nossa “realidade”.
Mudar a atitude mental é começar a inserir novos elementos em nossa realidade subjetiva ou percebê-la de uma nova forma. Assim como no caso acima em que solicitei que o ciumento visse a si próprio como o amante de sua esposa, um verdadeiro nó no cérebro da pessoa que começa a ter vários efeitos que mudam a realidade interna vivenciada pela pessoa, geralmente muda, também, a realidade “externa” ou seja os comportamentos que a pessoa tem e os resultados que ela consegue no mundo.
Abraço
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