• 4 de março de 2013

    O que eu quero?

    – Akim eu não quero mais viver desse jeito! Não dá mais!

    – Ótimo! Concordo contigo!

    – Me ajude a sair dessa!

    – Ok, vamos lá então: o que você quer viver?

    – Como assim?

    – Bem, para sair dessa você precisa saber para onde quer ir! Senão, acaba ficando onde está por ser mais cômodo!

    – Hum… sei… bom… eu só sei que eu não quero mais o que estou vivendo!

    – O que, especificamente você não quer mais?

    – Não quero mais esse marasmo que a minha vida está sabe? Tudo igual o tempo todo! Até a minha angústia já tem hora marcada!

    – Entendi… e o que você quer viver ao invés de viver este marasmo?

    – Acho que estou precisando de paz…

    – Paz? Como é paz para você?

    – Sabe… pensando aqui com você o que eu preciso é de um momento no meu dia que eu possa ficar sem fazer nada, só me sentar na poltrona e fazer algo que eu não faço faz anos: sonhar um pouco.

    – Hum… como era isso?

    – Quando eu era mais piá eu fazia isso: saia da escola, da faculdade e sentava um pouco para sonhar com a minha vida e sabe o que? Desses sonhos que saiu o que eu sou hoje!

    – Olhe só que maravilha! Me parece então que você está precisando entrar em contato com seus sonhos novamente… quem sabe para definir o “round 2” da sua vida?

    – Cara… é isso mesmo né? Faz todo sentido… filhos indo… vida indo… emprego indo… acho que consegui atingir boa parte do que eu queria e agora? Agora… sonhar de novo!

    – Perfeito!

     

     

    Aristóteles definia a inteligência como a medida que alcança um objetivo, para ele a lógica aplicada “a nada” não era inteligência, pois, ao final, não atingia um objetivo.

    Muitas pessoas me procuram no consultório dizendo que querem viver vidas diferentes, que não aguentam mais as coisas como estão e querem uma solução para isso.

    A pergunta: o que você quer? É a pergunta que redireciona a mente e o raciocínio da pessoa para um novo caminho: de buscar seus desejos, de criar o seu caminho.

    Saber o que não se quer é o primeiro passo para a mudança o segundo que vai começar a concretizar a mudança é responder: o que eu quero.

    Supor que se a pessoa não quer mais um estilo de vida o que ela quer é o contrário é muito simplista, ela pode estar querendo uma outra coisa totalmente diferente.

    E é buscando responder a pergunta “o que quero” que ela vai desenvolver a resposta. Uma pessoa pode estar cansada de um emprego, por exemplo, mas supor que ela quer um novo emprego pode ser falso, ao pesquisar dentro de si ela pode compreender que o que a incomoda é a forma pela qual lida com seu atual emprego, e, fazendo mudanças em sua rotina ela vai voltar a apaixonar-se pelo mesmo cargo, na mesma empresa. Outros podem querer mudar de área e alguns podem estar precisando de uma atividade extra que mexa com a sua criatividade e com isso, resolver o “problema do emprego”.

    Responder esta pergunta requer conhecer-se, checar seus medos e angústias, crenças que limitam sua percepção, adquirir habilidades, aprender e ir à novos lugares, perceber-se de uma forma nova, confiar nas suas competências e entender o que o desejo que você quer colocar no mundo fala sobre você. Como não tem certo e nem errado é uma das perguntas mais difíceis de ser respondida e causa, geralmente, uma grande angústia pois ao afirmar: “eu quero…” estamos criando um compromisso que precisará de uma resposta.

    Muitas pessoas tem medo dos seus desejos, outras acham que não são capazes e terminam por se contentar com o que a vida lhes colocar na frente, porém, mais cedo ou mais tarde, o desejo da pessoa começa a gritar dentro dela buscando expressão. Nesses momentos a pessoa busca aprender novas formas de viver, para expressar este desejo e vivê-lo de forma plena. Deixar o medo guiar seus desejos é colocá-los na gaveta, mas saiba: eles ficarão lá se mexendo e fazendo barulho e, durante a noite, eles vão perturbar o seu sono.

    Para fechar quero deixar a seguinte pergunta para o leitor: e você, o que quer?

     

    Abraço

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