• 19 de abril de 2013

    Desistir

    – Não sei mais o que eu faço Akim!

    – Pois é, será que tem algo à ser feito ainda?

    – Eu… honestamente.. acho que não…

    – Concordo contigo, já foi tentado tudo o que você poderia tentar.

    – Mas o que eu faço então?

    – O que você acha?

    – Eu estou com medo de dizer o que vou dizer… mas acho que tenho que desistir!

    – Pois é… como é isso para você?

    – Muito difícil!

    “Desistir” é uma palavra que não encontra ressonância no vocabulário pós-moderno. “Nunca desista” é a palavra de ordem. Porque? porque não sabemos lidar muito bem com limites atualmente! Não é à toa que um dos grandes “problemas dos jovens” é o desrespeito e a falta de limites, porque isso é um problema dessa geração? Ora, porque ensinamos eles à serem assim! Ensina-se que você não pode desistir, que você pode tudo, que você deve tudo. Seja sempre melhor, sempre mais feliz o que não coloca uma noção de finalidade nas propostas de vida.

    Desistir é um fator importante da vida e muitas pessoas deveriam aprender quando fazer isso. O post de hoje é dedicado à isso, pois existem pessoas que, por outro lado, desistem muito facilmente das coisas, atividades, relações que não precisariam desistir, mas que desistem por falta de critérios.

    Quando desistir é saudável?

    Em primeiro lugar é importante considerar se o objetivo é realizável. Muitas pessoas desistem de seus propósitos por preguiça ou por serem difíceis de serem alcançados, não porque não são realizáveis. É importante checar se o que você quer é algo realizável, pois se for algo que não é possível ou realístico de ser realizável é melhor desistir e buscar outra solução ou então, desistir do objetivo completamente.

    Em segundo lugar perceba se você já fez tudo o que poderia ter feito. Muitas vezes o problema está em modificar o nosso comportamento para alcançar algum fim, no entanto, muitas vezes a pessoas já fez inúmeras mudanças e o resultado não é atingível. Este é o momento no qual desistir pode ser uma boa opção. Às vezes ao desistir a pessoa se dá um tempo necessário para ter mais experiências que vão torná-la mais sábia para poder no futuro retomar o mesmo objetivo e atingí-lo.

    Por fim veja se o custo de fazer ainda mais algo é muito pesado. Alguns objetivos são alcançáveis “se”… este “se” pode ser uma mudança muito radical de comportamento ou de metas de vida para a pessoa. Se esta mudança é algo que fere a sua integridade de uma forma muito drástica pode ser o caso de pensar seriamente em uma desistência.

    Checar estes três elementos: viabilidade da meta, rol de comportamentos novos à serem adquiridos, “custo” da aquisição de novos comportamentos irá guiar você à uma noção clara de se os resultados que a meta vai trazer são, de fato, compensadores.

    Abraço

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