• 11 de novembro de 2013

    Dar o melhor

    – Mas esta semana eu larguei tudo.

    – Sério? Uau, fiquei impressionado agora, você estava tão empolgada.

    – Pois é, mas é que neste final de semana acabei saindo várias vezes e to meio que gripada porque peguei sereno e tal.

    – Entendi

    – E junto com isso tem a semana de provas que começou, então não consegui tempo para fazer o que eu precisava.

    – Sei, mas assim o que foi largar tudo?

    – Bem, eu não fiz quase nada, fiz o que deu sabe assim?

    – Sei, mas então não largou, apenas fez menos do que quando está bem e com tempo.

    – É…

    – Deu o melhor que tinha dentro do que tinha para dar?

    – Dá para falar isso sim.

    “Dar o nosso melhor” é algo importante. Porém é importante também saber que o nosso melhor não é uma constante.

    Num dia estamos mais empolgados, no outro estamos doentes, em alguns com problemas de família, inúmeras situações que podem tornar o “melhor” algo um pouco “menos” do que ontem. O melhor que podemos dar é o que está disponível no dia. Obviamente isso não serve de desculpa para não fazer nada, pelo contrário: dar o melhor é dar o melhor e não se afastar da responsabilidade. Porém aprendendo a perceber qual o melhor naquele dia.

    Para que dar o melhor?

    Dar o melhor não tem muito a ver com o resultado em si, mas sim em empenhar a sua vontade, suas forças e virtudes em prol de algo que você deseja. Portanto o “melhor” não é dado para algo ou alguém, mas sim à você mesmo. O que vale aqui é o compromisso com a sua própria evolução e a com a sua auto-expressão. Não se trata de conseguir ou não conseguir no final das contas, mas sim de ter expresso quem você é através do que você faz, pensa e sente.

    Dar o melhor tem a ver com criar auto-confiança, auto-estima, sensação de merecimento e orgulho frente à sua disponibilidade com o que você acredita  e acha importante. Portanto, sempre que “damos” o melhor estamos, na verdade, “recebendo” de nós o nosso melhor e isso nos faz mais fortes, mais confiantes e orgulhosos  de quem somos e do que fazemos.

    Quando não fazemos isso o prejudicado somos nós mesmos. Não pelos resultados que não apresentamos à empresa ou porque não fizemos as nossas obrigações, mas pelo fato de que ao julgarmos nossa conduta acabamos nos avaliando de forma negativa. Uma parte de nós sabe que não demos o nosso melhor e que não nos realizamos tal como somos. Embora possa ser uma parte pequena e invisível para as outras pessoas, ela é fundamental para nós, porque o nosso auto-julgamento é o único que realmente importa.

    O que você pode dar hoje de si mesmo para expressar quem é? Expressar suas ideias, seu entusiasmo, suas críticas, seu desejo?

    Lembre-se de que a expressão é de você para você!

    Abraço

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