• 5 de setembro de 2014

    Medo da responsabilidade

    Que-minha-coragem-seja-maior-que-meu-medo-e-minha-força-seja-tão-grande-quanto-a-minha-fé.

    • Eu estou muito assustada sabe?

    • Porque?

    • Me chamaram para o cargo de gerência!

    • Opa, que coisa boa!!

    • Mas e se eu não conseguir?

    • Pode ser, mas e se conseguir e eles quiserem te jogar ainda mais para cima?

    • Ai Akim… não… sei lá…

    • Ué porque não?!

    • Não sei…

    • Eu particularmente, acho que demoraram para te dar a promoção

    • Você acha?

    • Sim… pelo que você me conta sobre como se comporta no trabalho… demoraram muito.

    • Ai não sei…

    • Agora me conte assim: quando é que você vai assumir que você é uma bela de uma trabalhadora responsável e que você pode muito mais do que estão dando pra ti neste momento?

    • (silêncio) Porque você diz isso?

    • Porque é verdade.

    • Eu não consigo… tenho medo de dizer isso pra mim mesma…

    • Eu sei… por isso eu resolvi falar pra te ajudar a pensar no assunto.

    • Eu não sei o que ia acontecer se eu me afirmasse assim…

    • Que tal experimentar?

     

    Muito se fala em medo do fracasso, pouco em medo do sucesso. Sempre que tenho clientes que tem muito medo de fracassar, logo começo a verificar como eles lidam com o sucesso, em geral, não lidam muito bem e o problema real é este.

    O sucesso traz consigo algo que é muito complicado para muitas pessoas: responsabilidade. A nossa força nos faz responsáveis pelo que fazemos, nos faz ver os resultados, as novos oportunidades, nos faz ter que tirar a bunda da cadeira e agir, nos faz ter que falar, brigar, insistir e correr riscos. Responsabilidade é aquilo que nos faz vivos, porque enquanto buscamos as competências para sermos quem somos e criar aquilo que queremos estamos vivendo.

    Porém isso é assustador para muitas pessoas. Elas se perdem só de imaginar que podem se tornar livres e competentes para buscarem aquilo que quiserem. A responsabilidade está ligada à liberdade e às consequências. O temor em libertar a força que está dentro de nós se constrói cada vez que negligenciamos nossos desejos, que não valorizamos o que construímos, que favorecemos a preguiça ao invés da iniciativa em algo que é bom para nós, cada vez que viramos nosso nariz para o comodismo ao invés de virá-lo para a novidade.

    A vida fica diferente quando você assume a sua força. Ao fazê-lo as desculpas que usamos para frear o nosso processo tornam-se besteiras, ficam de lado, elas simplesmente não servem mais. Esse é o “problema”, enquanto estamos freando nossas vidas elas seguem numa velocidade confortável, depois, quando resolvemos usar a energia que temos esta velocidade aumenta e isso assusta.

    Nesse momento muitas pessoas resolvem se frear novamente, ao custo de sua auto expressão. Procuram ser gentis, amáveis com os outros, ou até mesmo voltar para um papel inadequado que não mais lhes cabe como o de burrinho da casa ou coitadinho. Estes freios, é que são quebrados quando a pessoa se liga com sua força interna e evolução pessoal.

    Aprender a lidar com esta nova velocidade e com uma nova maneira de lidar com as situações é que se torna o grande desafio. Quando saímos do nível do freio e da desculpa e entramos no nível da auto expressão a busca é por dois elementos: competência e identidade. Queremos ser quem somos, definir quem somos além de aprender a viver da maneira que achamos que somos. Tudo isso envolve a capacidade para realizar as ideias que trazemos na cabeça.

    Assim o grande desafio em assumir a nossa força é o de torná-la uma competência e que estas competências sejam a representação concreta daquilo que trazemos dentro de nós. E é essa angústia criativa o que realmente nos incomoda. Não o medo do fracasso, mas sim a angústia de criar aquilo que somos, o meio do caminho, os desafios à elaboração da nossa forma, da nossa “marca”.

    A pergunta é: e se você conseguir? Como vai ser? Como no caso acima: e se você se tornar gerente? Presidente? Como será? Esta pergunta mexe com nossas competências, com nosso desejo com nossa vontade. Este é o foco!

    Abraço

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