• 24 de novembro de 2014

    Critérios

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    • Antes era fácil pra mim, eu pensava no que ia me divertir mais e ia sabe?

    • Sim… o que mudou agora?

    • Não sei direito…

    • As suas experiências com estas diversões te ensinaram muitas coisas?

    • Sim sim… boas e ruins.

    • Claro, e com isso você aprendeu o que?

    • Que nem sempre ir pela diversão é divertido, irônico não?

    • E verdadeiro! Então, se esse “critério” não é o único, qual ou quais outros precisam ser levados em consideração também.

    • Hum… bom… eu acho que companheirismo e tipo… “ser gente fina” entende?

    • Não sei o que é isso para você, mas podemos detalhar melhor isso mais tarde.

    • Ok

    • Então, para você “ir” para uma relação hoje, além da diversão que a pessoa proporciona você precisa que ela seja companheira e “gente fina”?

    • Sim…

    • Ok… pensando, então, nessas pessoas com quem você se relaciona e nesses critérios… o que muda?

    • Nossa… pensando nesses critérios fica muito mais claro sabe?

    • Ótimo!

     

    Como elaborar um critério?

    Um critério é uma afirmação que define a importância de algo para a pessoa em relação à um determinado tema. Quando uma pessoa diz, por exemplo: “entre uma pessoa atraente e uma divertida, prefiro a divertida” ela está nos dando várias informações sobre como ela seleciona um parceiro. A primeira é que a atratividade da pessoa é importante (e isso é diferente de “beleza”) o segundo é que a pessoa ser “divertida” (seja lá o que isso significa para quem seleciona) também é um critério importante e a terceira é que o critério “diversão” está acima do critério “atratividade” numa lista hierárquica, ou seja, diversão tem um valor maior do que atratividade.

    O que nos faz ter uma afirmação ou um adjetivo como um critério à ser seguido é a nossa relação com ele, assim como a expectativa que temos sobre o que aquilo irá nos trazer. Num outro exemplo podemos imaginar que uma pessoa escolha ser autônomo ao invés de profissional registrado porque ele “gosta de horários flexíveis”. A expectativa da pessoa é que ao escolher uma atividade por este critério ela irá ter acesso à algumas coisas como, por exemplo: “quero poder sair do trabalho e ir para casa ver meu filho”, “quero poder ter a liberdade de cancelar a agenda num dia em que precise mesmo disso”, “quero escolher os horários que trabalho porque de manhã eu não funciono”.

    O critério sempre está buscando algo, isso é fundamental de ser levado em consideração porque muitas vezes o critério elegido pela pessoa pode não trazer aquilo que ela quer. Se o critério em uma atividade profissional for, por exemplo, “estabilidade financeira” a escolha por uma atividade autônoma é perigosa. Muitas vezes as pessoas insistem em escolhas erradas por causa dos critérios que estão usando.

    O primeiro passo para elaborar um critério, então é entender o que você deseja com a experiência. Se eu quero viajar e quero descansar, posso eleger como um critério um local afastado do agito da cidade, contato com a natureza e no campo. Posso também, ter a ideia de ir à um SPA. O critério possui uma função que é nos fazer entrar em contato com a experiência de uma maneira que nos satisfaça. Por esta razão que é importante saber o que se quer: para elaborar um critério adequado.

    O segundo passo é ter uma hierarquia bem estrutura do critério mais importante para o menos importante. Isso é necessário no caso – quase sempre presente – de eu ter de fazer concessões. O que eu preciso “realmente”, o que é secundário, terciário e o que é “bônus”? Muitas pessoas nunca encontram um bom parceiro afetivo porque consideram tudo como primário e inegociável. Saber aquilo que é mais e menos importante também nos abre para viver novas experiências.

    Isto é, inclusive, algo muito importante: ninguém é igual ao longo da vida. Assim sendo, nossas necessidades, desejos e preferências mudam ao longo do tempo. Quando isso muda, o que queremos da nossa experiência de vida também muda e, com isso, mudam os critérios. Perceber que um critério não mais nos satisfaz ou não é mais útil é importante assim como organizar um novo critério para organizar a sua experiência. Poderíamos entender que “isso”, a “manutenção” é o terceiro passo, pois tudo na vida é um processo e muitas vezes os critérios que valem para o começo dele não valem para algum tempo depois, em relacionamentos, por exemplo, isso é facilmente notado.

    Com estes passos você poderá trabalhar com critérios de uma maneira bem simples e interessante. Espero que seja proveitoso para vocês!

    Abraço

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