• 21 de março de 2016

    Sair do quadrado

    • Eu não aguento mais essas minhas histórias.
    • Imagino… deve estar entendiado de cair sempre no mesmo buraco.
    • De fato! O que eu devo fazer?
    • Porque não pensa em cosias diferentes?
    • Como assim?
    • Sobre você mesmo oras… algumas vezes me disse que tem coisas que te falam, mas você nem perde seu tempo… que tal perder um pouco?
    • Você concorda com o que dizem de mim?
    • Não sei porque você não me contou direito, mas sei que indo por este caminho podemos pensar em coisas diferentes da sua rotina não é?
    • Isso pode ser verdade…

     

    Talvez um dos grandes desafios dos terapeutas seja o de ajudar a pessoa a encarar a sua vida de uma maneira que possibilite ela a fazer mudanças. Quando as pessoas, em terapia, começam a compreender que se elas se mantiverem pensando da mesma maneira que sempre pensaram, elas não vão conseguir muitas mudanças elas também começam a se perguntar “ok, mas como tenha que pensar?”

    Não acredito numa maneira “certa” ou “errada” de se pensar, por outro lado fica evidente que, dependendo do que a pessoa deseja, existem formas mais ou menos adequadas ou úteis. Quando digo “pensar” não me refiro apenas à reflexão lógica e consciente, mas também à maneira pela qual a pessoa vê à si mesma dentro do problema, se ela percebe a situação como mutável ou não, se ela percebe a maneira pela qual contribui para a manutenção do problema e como ela pode contribuir para a construção da solução.

    É importante aprendermos a mudar nossas referências sobre o que pensamos e sobre o que vivemos. A “arte” de fazer isso é muito simples. Significa fazer-se a pergunta “e se não fosse assim?” ou “de que outra forma posso pensar sobre isso?”. Aprender a fazer-se estas perguntas, e nutrir respostas verdadeiras – ou seja, aquelas nas quais a pessoa se compromete com as respostas que cria – traz ampliação da sua percepção pessoal.

    Somos acostumados a ter a nossa visão sobre nós mesmos e a achar que a nossa visão é a única e, pior que isso, a melhor possível. Nem sempre vemos tudo aquilo que podemos ver e, por esta razão – nem sempre formamos as explicações sobre quem somos e como funciona o mundo que poderíamos organizar. Daí o valor de uma terpia que pode ajudar você à ampliar a sua percepção de si, enxergar o mesmo problema por vários ângulos afim de encontrar um que seja mais útil ao seu momento de vida e aos seus objetivos.

    Ouse imaginar você mesmo de formas diferentes. Tente imaginar o que você imaginava sobre você na infância, na adolescência e vida adulta e veja o que existe de diferença entre estes momentos. Pergunte-se o que você, hoje, pode não estar imaginando sobre você mesmo. O que você, hoje pode estar deixando de lado ou nem sequer considerando? Tente pensar naqueles pontos de vista que você não gosta ou que sente que não são adequados, eles podem trazer boas ideias.

    Saia do quadrado.

    Abraço

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