• 1 de março de 2013

    Porque ou para que?

    – Eu quero entender o porque disso Akim!

    – Posso dar uma sugestão?

    – Pode!

    – Tente ver assim: ao invés de pesquisarmos porque, vamos tentar pesquisar o para que?

    – Como assim?

    – Veja bem: você está me contando que nas suas relações a sua tendência é achar que você é responsável por tudo não é?

    – Sim

    – Ótimo… para que é importante você se sentir responsável por tudo? Ou seja: que fins você busca atingir ou se afastar sendo o responsável por tudo?

    – Pra que eu faço isso?

    – De outra forma é isso aí

    – Hum… nunca pensei nisso, mas eu acho que eu quero que a pessoa me respeite sabe? Que ela olhe para o que eu fiz e diga: pô ele pensou nisso tudo por mim, agora vou fazer algo por ele.

    – Entendi… ótimo! E você tem alcançado o que quer ao longo das relações?

    – Não… acho que estou entendendo agora… não adianta eu ficar fazendo isso porque não funciona para o que eu quero.

    – Perfeito! O que funcionaria?

    – Agora eu tenho que pensar!

    Muitas pessoas desejam saber o “porque” dos seus problemas. Nada de errado com isso, pelo contrário muito útil e necessário.

    No entanto, existe uma outra análise que é tão útil – em alguns casos mais – que é a do “para que”, ou seja, quais os resultados que a pessoa atinge ao se comportar de uma determinada maneira. Esta análise nos faz pensar o que a pessoa busca atingir com seus comportamentos, de que forma ela se posiciona para fazer isso, quem ela sente que é e as emoções que são vividas no processo.

    Esta análise com foco no futuro do comportamento e da pessoa coloca a perspectiva em “o que posso começar a fazer” ao invés de “ah, então é por isso”, não cabe julgar “qual a melhor”: ambas são úteis. Checar o passado por vezes nos ajuda a perceber melhor o futuro e fazê-lo muitas vezes cria o insight de que a pessoa muitas vezes precisa.

    Reflita: ao ter um determinado ato, comportamento ou até mesmo sentimento: para onde isto te direciona? Sinto raiva nesta situação, ao sentir esta raiva busco fazer tal coisa e o resultado que quero com esta coisa é x. Consigo alcançar x? X realmente é o que quero? Realmente é importante? E se eu me comportasse de outra forma que possíveis resultados isso me traria?

    Nos fazermos perguntas interessantes e instigantes é o que realmente cria a mudança, pense nisso!

    Abraço

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