• 11 de maio de 2016

    3 coisas que você precisa saber sobre emoções

    – Eu não quero nem saber Akim.

    – Mas porque não.

    – Eu nunca consegui lidar direito com isso.

    – E vai continuar não sabendo?

    – Vou, porque não tem como mudar isso.

    – Mudar o que, especificamente?

    – O que eu sinto.

    – Sim e não. A emoção que você sente vai sempre existir para quando você precisar dela, mas você pode mudar o quando acha que precisa dela.

    – Ah é?

     

    Emoções e sentimentos são uma constante em nossa vida. Aprender a lidar com eles não é tarefa fácil e muitas pessoas acabam deixando isso de lado por não saberem como fazer. Saber um pouco mais sobre emoções facilita um pouco a nossa vida e aqui vão três coisas que você precisa saber para lidar melhor com suas emoções

    1. Emoções são mensagens

    A primeira noção que é importante ter sobre uma emoção é que a função dela não é atrapalhar a sua vida lhe trazendo sensações inconvenientes, mas sim ajudar você a se equilibrar e buscar a melhor forma de viver. As emoções e os sentimentos são funções biológicas que visam respostas que ajudem o organismo a manter ou recobrar a sua homeostase.

    Assim sendo, cada emoção traz consigo uma mensagem sobre o que está acontecendo com você e sugestões em como melhorar esta situação. Raiva, por exemplo, traz a mensagem de que algo está lhe impedindo que ter algo que lhe é importante ou, então, lhe causando um dano. A tristeza nos traz a percepção de que é hora de refletir sobre algo importante que perdemos, o medo nos informa que precisamos tomar cuidados porque estamos num território que não dominamos bem e que pode nos causar algum dano.

    Por serem mensagens cada emoção requer uma resposta. Aprender a ler bem a mensagem e refletir sobre ela é o que nos possibilita dar respostas adequadas às emoções. Sabemos que a resposta está sendo adequada quando percebemos que ela é sustentável, ou seja, consegue se manter ao longo do tempo trazendo crescimento à pessoa.

    2. Emoção é diferente do comportamento

    Nossas emoções são padrões de ação engendradas pela biologia. Porém, muitas pessoas não compreendem que a forma pela qual expressamos uma emoção através destes comportamentos não é a emoção em si. O que quero dizer dizer é que aprende-se a ter medo de sentir um sentimento por causa das consequências que as atitudes tomadas frente à ele nos causaram.

    Este medo é equivocado porque não foi a emoção em si o problema, mas sim a expressão. Assim sendo, pergunta-se: que outras formas temos para expressar uma emoção específica? Quantas formas de expressar raiva, medo, ciúmes, orgulho, desdém temos? Para cada forma, existem ainda muitas variáveis. Gritar, por exemplo, existem muitas formas para emitir um grito, algumas adequadas e outras nem tanto.

    Aprender a ler a mensagem, como coloquei acima, nos ajuda a entender qual a melhor forma de agir e qual o melhor comportamento para expressar isso dentro de um contexto, mediando nossos valores e metas pessoais. Diferencie aquilo que você sente daquilo que você faz com isso e, se não está feliz com os resultados de suas expressões emocionais, não culpe a emoção, mas sim busque outras maneiras de agir.

    3. Ninguém é vítima de suas emoções

    É comum que as pessoas se sintam vítimas de suas emoções. Dizer “eu sou assim e ponto” é uma atitude que não engloba a verdade sobre as emoções. Se de um lado elas tem um componente genético com um padrão de ação automatizado, de outro, os estímulos que desencadeiam emoções e a própria expressão delas podem ser manipulados em uma escala suficiente para desenvolvermos uma gestão sustentável das emoções.

    A emoção, na verdade, ajuda a nos identificar. É comum sentirmos quem somos através de sensações orgânicas que nos deixam um estado de humor permanente e suficientemente estável para dizermos, por exemplo, com qual emoção me identifico mais.

    Assim longe de sermos vítimas de nossas emoções, somos, na verdade parceiros que co-criam um self a partir da experiência emocional e das decisões que tomamos com base nessas experiências e nos resultados que elas trazem. Nos tornamos “vítimas” de nossas emoções à medida em que preferimos uma inconsciência forçada delas ao invés de assumirmos o contato com elas e sua importância em nossas vidas.

     

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