– Eu quero mais é que ela se quebre toda!
– Eu imagino… mas, no que isso ia te ajudar?
– Ah… pelo menos eu ia me sentir vingada sabe? Ela me ferrou, tem que se ferrar também!
– Sim, claro que entendo, mas isso não ia te ajudar a saber como se defender numa próxima ia?
– Não…
– Pois é, e como não é a primeira nem a segunda vez que isso ocorre, não acha que está na hora de você mudar o seu comportamento?
– Ai Akim… eu sei, mas… ah é tão difícil mudar isso em mim.
– Eu sei, no entanto, toda a vez que você começa a relação dessa forma você mesma já sabe que vai trazer problemas para você no futuro não é?
– É… eu ainda disse isso um tempo atrás né?
– Disse. Você já tinha percebido que ia entrar nessa enrascada de novo… agora não coloque a culpa nela, mas assuma a responsabilidade das suas escolhas, o que acha?
– Eu tenho que fazer isso… senão vou ficar sempre na mesma…
– Pois é…
Vingança tem muito a ver com o desejo de ver o outro tão ferido quanto ele nos feriu. É um sentimento de “fazer justiça”, mas, que no final das contas acaba não ajudando a pessoa que foi “vítima”.
No meu consultório tenho visto que as pessoas vingativas tendem a repetir o mesmo comportamento que as colocaram em uma situação complicada no passado. Elas repetem os mesmos padrões e então acabam sendo feridas de novo e de novo, só que, ao invés de aprenderem algo novo, tendem a desejar simplesmente que a pessoa que as feriu sofra também.
O cerne do problema, então, se torna modificar o pensamento, sentimento e comportamento da pessoa que sofreu para que ela torne-se mais sábia no futuro e não entre nas mesmas “roubadas”, ou então, que saiba como se defender delas. Isso acaba gerando na maior parte das vezes uma mudança na forma de ver as pessoas, a si própria e de como se relacionar. As pessoas terminam buscando perfis de pessoas diferentes para elas.
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