• 27 de janeiro de 2014

    Motivos

    – Eu já entendi que isso me faz mal, mas ainda faço isso sabe?

    – Sim, o que te motiva à isso?

    – Eu não sei porque estou fazendo isso.

    – Ok, mas quero que pense em outra coisa: feche os olhos e lembre de quando faz isso…

    – Certo…

    – Agora tente perceber o que motiva você a fazer isso, o que acontece um pouco antes daquele momento no qual você decide fazer isso.

    – Hum…

    – Vá no seu tempo, perceba agora o que te motiva

    – Eu sinto que quando eu penso nele me dá vontade de fazer isso…

    – Ótimo… tente imaginar você sem pensar nele, imagine como seria…

    – Se eu não penso nele parece que não tem sentido fazer isso sabe?

    – Sim, sei, perfeito!

    Muitas pessoas querem entender o “porque” do seu comportamento.

    “Porque” é relacionado com uma ideia, uma crença. Quando se pergunta o “porque”, muitas vezes os clientes respondem algo evasivo como “porque sim”, “porque sempre fiz isso” e o pior é que as respostas estão – dentro da lógica – corretas.

    No entanto, quando perguntamos “o que motiva” a resposta não pode ser “porque sim” ou “porque sempre fiz isso”. “Motivo” é algo mais “concreto” e substancial, ele força o raciocínio da pessoa à busca o elemento que “dispara” as suas reações. Obviamente junto com este elemento podemos encontrar crenças que justifiquem a forma pela qual a pessoa o percebe para ter uma dada reação, porém apreender o(s) elemento(s) motivdor(res) é um ponto fundamental.

    Porque?

    Quando percebemos o que nos motiva começamos a lidar com algo mais concreto e perceptível. É neste ponto que, em geral, as pessoas dizem coisas como “não sei o que me dá” e “quando vi, já fiz”, este tipo de discurso é aquele de quem desconhece os seus motivadores internos para determinados comportamentos. O motivador está lá, mas a reação da pessoa é tão automática que ela nem sequer percebe sobre o que está reagindo.

    Assim sendo quando nos perguntamos sobre nossos motivadores é importante buscarmos aquele elemento sem o qual a nossa resposta não faz sentido. Assim como no exemplo acima, quando a pessoa identifica o motivador e imagina-se sem ele o comportamento deixa de ter sentido – justamente pelo fato de não ter o que o motiva. Neste caso pensamos que a crença, a resposta para a pergunta “porque”, ainda está lá, porém ela não faz muita diferença visto que não existe o elemento motivador eliciar o comportamento da pessoa.

    De posse da percepção do que motiva o comportamento a pessoa pode realizar mudanças mais eficazes em sua vida pois começa a perceber de forma direta ao que está reagindo e então modificar o seu comportamento – interno e externo.

    O que te motiva?

    Abraço

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